‘Se o voto impresso voltar, a vida vai ficar pior’, diz presidente do TSE
Luís Roberto Barroso afirmou que decisão pode significar um retrocesso no sistema eleitoral brasileiro, além de impactar os cofres públicos
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso, foi convidado nesta quarta-feira (9) a discutir o processo eleitoral na Câmara dos Deputados. Em sua fala, ele comentou o projeto do voto impresso e afirmou que essa decisão pode significar um retrocesso no sistema eleitoral brasileiro, além de impactar os cofres públicos.
“É uma decisão política [o retorno do voto impresso]. Se o Congresso decidir por isso e o STF validar a decisão, teremos voto impresso. Isso vai piorar, vai fazer com que a vida fique bem pior, parecida com o que era antes, creio,” disse Barroso.
No último dia 13 de maio, uma comissão especial foi instalada na Câmara dos Deputados para analisar a obrigatoriedade do voto impresso. A pauta tem sido um dos principais temas defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para as eleições de 2022.
Para o presidente do TSE, se a proposta for aprovada e promulgada, as instituições deverão cumprir a decisão do Congresso Nacional, mas há inconveniências.
“Em primeiro lugar, vamos ter um custo de R$ 2 bilhões por conta disso. Poderão dizer que a democracia vale isso, mas esse dinheiro faz bastante diferença, é uma opção que cabe ao Congresso.”
