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    ‘Se acharem que tenho que ser vacinado, eu vacino’, diz Bolsonaro

    Presidente reconheceu problemas na comunicação do governo federal com estados e prefeituras sobre a vacinação

    Anna Russi e Julliana Lopes, da CNN, em Brasília

    Apesar de acreditar que já esteja imunizado por ter sido contaminado com o vírus alguns meses atrás, o presidente Jair Bolsonaro disse que não tem problema em se vacinar contra a Covid-19 se “acharem que ele precisa”. “Da minha parte, não tem problema buscar um posto de saúde, já que entrou a minha faixa etária, e se vacinar”, afirmou ao chegar no Palácio da Alvorada, em Brasília, neste sábado (3), após passeio de moto com o ministro da Defesa, Braga Netto. 

    Bolsonaro também comemorou os dois dias consecutivos em que o país aplicou 1 milhão de vacinas por dia. “Esperamos brevemente termos alcançado um número grande de vacinados, de modo que essa pandemia deixe de nos assustar”. 

    Ao comentar sobre a diferença entre o número de doses distribuídas às secretárias de saúde estaduais e municipais, o presidente mudou de tom e disse acreditar que “não é negligência de nenhum ente no final da linha”. Ele também admitiu que falta “melhor comunicação de estados e municípios com o Ministério da Saúde”.

    Ainda na avaliação de Bolsonaro, após o repasse de recursos públicos para investimento de estados e municípios na saúde, no ano passado, “os hospitais estão bem equipados e aparelhados, bem mobiliados com leitos de UTI e respiradores”.

    Forças Armadas

    “Decidimos que, a partir do momento que a Saúde assim o desejar e precisar, as Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica- estarão prontas para em suas unidades ajudar na vacinação da nossa população”, ressaltou. 

    Durante a volta pela cidade, o presidente foi à comunidade Itapoã I, onde conversou com parte da população sobre os impactos da pandemia e o efeito econômico das medidas restritivas.

    “O que a população mais humilde sente é a volta do trabalho. Sabemos das questão do vírus, mas eu não concordo, particularmente, com a política do fecha tudo e fica em casa”, comentou ao repetir que o efeito colateral da pandemia não pode ser “mais danoso do que o próprio vírus”.

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