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    Sara Winter deixa prisão com tornozeleira eletrônica e lista de restrições

    Ativista não poderá se encontrar com outros investigados nem ficar a menos de um quilômetro do Congresso e do Supremo Tribunal Federal

    Guilherme Venaglia, da CNN em São Paulo

    A ativista Sara Giromini, autodenominada Sara Winter, deixou o sistema prisional do Distrito Federal no começo da noite desta quarta-feira (24). Cumprindo uma das restrições determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), para a sua libertação, a líder do grupo “300 do Brasil” foi primeiro levada para a Subsecretaria do Sistema Penitenciário, onde colocou a tornozeleira eletrônica que será utilizada para monitorá-la.

    Sara Winter estará em liberdade, mas submetida a uma lista de restrições. A ativista terá de se apresentar às autoridades com frequência, não poderá manter contato com outros investigados, sair à noite e, principalmente, ficar a menos de um quilômetro dos prédios do STF e do Congresso Nacional.

    CNN registrou o momento em que a ativista deixou o local de carro e sem falar com a imprensa. Em nota divulgada mais cedo, a sua defesa classificou as restrições impostas por Moraes como “absolutamente desproporcionais e desprovidas de razoabilidade”.

    Os advogados argumentam que o ministro fere o princípio de presunção de inocência e antecipa uma condenação da ativista. A defesa de Sara Winter pretende impedir que ela seja julgada por Moraes.

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    A ativista foi denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) no último dia 17, acusada de cometer os crimes de injúria e ameaça contra o ministro em um vídeo divulgado nas redes sociais. Na gravação, ela diz que vai “infernizar” a vida de Alexandre de Moraes e que vai descobrir coisas sobre a rotina e a casa do ministro, o que foi interpretado pelos procuradores como insinuação de algum possível crime.

    Além de Sara Giromini, a decisão de Moraes se estende a Renan de Morais Souza, Érica Viana de Souza, Emerson Rui Barros dos Santos, Arthur Castro e Daniel Miguel, que também foram alvos de ordens prisão no inquérito. O ministro delegou ao Juízo da Vara de Execuções do Distrito Federal o acompanhamento das medidas cautelares estabelecidas a Sara e aos demais investigados. Em caso de descumprimento, pode ser decretada prisão preventiva, sem previsão mínima de duração.

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