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    Salles buscava parceria com EUA sobre questões climáticas

    O ex-ministro do Meio Ambiente pediu demissão da pasta nesta quarta-feira (23)

    Heloisa Villela, da CNN, em Nova York

    O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles buscava uma parceria com o encarregado do combate ao aquecimento global da Casa Branca, John Kerry, para solucionar questões climáticas. O advogado pediu demissão da pasta nesta quarta-feira (23).

    No dia 12 de maio, o ex-senador norte-americano depôs na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, em Washington, e defendeu a necessidade de negociar acordos climáticos com o eoverno do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Caso o contrário, ele disse que a Amazônia iria desaparecer. 

    Já no dia 17 de fevereiro deste ano, o então ministro Salles teve um encontro virtual com Kerry para discutir o combate ao desmatamento e mudanças climáticas. Na época, o advogado classificou a reunião como excelente e disse que o governo Bolsonaro estabeleceria uma parceria com a nova administração norte-americana, especialmente em relação a assuntos ligados a crédito de carbono e políticas de estímulo para que as empresas reduzam a emissão de gases que provocam o aquecimento global. 

    Salles ainda insistiu que pediria a Kerry US$ 1 bilhão para a preservação da Amazônia. O requerimento chegou aos Estados Unidos, mas o ex-senador nunca concordou com a proposta e cobrou ações concretas do governo brasileiro que mostrassem o real compromisso com a preservação do meio ambiente e o combate às queimadas e ao aquecimento global. 

    A relação foi afetada pelo fato do ex-ministro ser investigado por autorizar a exportação ilegal de madeira brasileira. Além disso, a embaixada dos Estados Unidos comunicou, em maio, à Polícia Federal a apreensão de lotes do produto exportado ilegalmente. 

    O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles
    O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles
    Foto: Reprodução (08.dez.2020)

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