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    Saidinha: Não podemos vetar acesso de presos à família, diz Rui Costa à CNN

    Ministro da Casa Civil comentou trecho da proposta vetado por Lula que previa proibir detentos de visitarem suas famílias

    Lucas SchroederBasília RodriguesPedro DuranTeo Curyda CNN , São Paulo e Brasília

    O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou à CNN nesta quarta-feira (17) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve a essência do Projeto de Lei da Saidinha ao vetar trecho da proposta que impedia os presos de visitarem suas famílias.

    “Quero dizer que o presidente Lula sancionou a essência do projeto, que foi tornar mais rígida a liberação de presos em momentos ao longo do ano”, disse o ministro.

    “Se tem algo que no mundo inteiro supera o ódio, o desejo do crime, é o laço familiar. Você impedir o contato familiar de quem está preso por um crime, você não está ajudante a pacificar os presídios nem a sociedade. A família, acima de tudo, ajuda a reduzir a criminalidade. Não podemos vetar o acesso de qualquer ser humano à família”, argumentou Rui Costa.

    No dia 20 de março, a Câmara dos Deputados aprovou o PL que limita a “saidinha” de presos. O projeto já havia passado pelos deputados em outubro passado, mas, ao chegar no Senado, o texto sofreu alterações e, por este motivo, precisou retornar para a Câmara.

    O texto aprovado mantém a saída temporária e também determina que os presos com acesso à saída temporária tenham que realizar um “exame criminológico” para terem direito à progressão de regime.

    Para isso ocorrer, por exemplo, seus antecedentes e o resultado do exame criminológico devem indicar que o preso irá “ajustar-se, com autodisciplina, baixa periculosidade, e senso de responsabilidade, ao novo regime”.

    Atualmente, a legislação não faz menção específica ao exame criminológico nem a indícios de baixa periculosidade.

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