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    Saiba quem votou a favor da cassação de Camilo Cristófaro; veja lista

    Vereador se tornou o primeiro parlamentar da história da Câmara de São Paulo a ter seu mandato cassado por um ato de racismo após a votação na tarde desta terça-feira (19)

    Da CNN

    O vereador paulistano Camilo Cristófaro (Avante) se tornou o primeiro parlamentar da história da Câmara de São Paulo a ter seu mandato cassado por um ato de racismo após a votação na tarde desta terça-feira (19).

    Foram 47 votos a favor da cassação por quebra de decoro parlamentar, cinco abstenções e uma ausência – da vereadora Ely Teruel (Podemos). Nenhum vereador votou contra a cassação.

    Cristófaro e a vereadora Luana Alves (PSOL) estavam impedidos de votar por serem partes do processo, segundo a Câmara paulistana.

    Veja quem votou a favor da cassação de Cristófaro:

    • Adilson Amadeu (União Brasil)
    • Alessandro Guedes (PT)
    • André Santos (Republicanos)
    • Arselino Tatto (PT)
    • Aurélio Nomura (PSDB)
    • Beto do Social (PSDB)
    • Bombeiro Major Palumbo (PP)
    • Celso Giannazi (PSOL)
    • Cris Monteiro (Novo)
    • Danilo do Posto de Saúde (Podemos)
    • Dr. Nunes Peixeiro (MDB)
    • Dra. Sandra Tadeu (União Brasil)
    • Edir Sales (PSD)
    • Elaine do Quilombo Periférico (PSOL)
    • Eli Corrêa (União Brasil)
    • Eliseu Gabriel (PSB)
    • Fabio Riva (PSDB)
    • Fernando Holiday (PL)
    • George Hato (MDB)
    • Gilson Barreto (PSDB)
    • Hélio Rodrigues (PT)
    • Isac Félix (PL)
    • Jair Tatto (PT)
    • Janaína Lima (MDB)
    • João Ananias (PT)
    • João Jorge (PSDB)
    • Jorge Wilson Filho (Republicanos)
    • Jussara Basso (PSOL)
    • Luna Zarattini (PT)
    • Manoel Del Rio (PT)
    • Marcelo Messias (MDB)
    • Marlon Luz (MDB)
    • Milton Ferreira (Podemos)
    • Milton Leite (União Brasil) – presidente da Câmara
    • Professor Toninho Vespoli (PSOL)
    • Ricardo Teixeira (União Brasil)
    • Rinaldi Digilio (União Brasil)
    • Roberto Tripoli (PV)
    • Rodolfo Despachante (PSC)
    • Rodrigo Goulart (PSD)
    • Rubinho Nunes (União Brasil)
    • Sandra Santana (PSDB)
    • Senival Moura (PT)
    • Sidney Cruz (Solidariedade)
    • Silvia da Bancada Feminista (PSOL)
    • Thammy Miranda (PL)
    • Xexéu Tripoli (PSDB)

    Quem se absteve:

    • Coronel Salles (PSD)
    • Atílio Francisco (Republicanos)
    • Paulo Frange (PTB)
    • Rute Costa (PSDB)
    • Sansão Pereira (Republicanos)

    Por qual motivo o mandato foi cassado?

    O episódio em que Cristófaro foi acusado de racismo ocorreu em maio do ano passado, quando o vereador falou, durante a sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Aplicativos, que “não lavar calçada é coisa de preto, né?”

    O vereador estava participando da sessão de forma remota e não percebeu que o microfone estava aberto e o áudio foi “vazado” no plenário.

    Primeiro em 24 anos

    O vereador também é o primeiro a ter um mandato cassado nos últimos 24 anos. Os últimos casos de cassação na casa aconteceram em 1999, por corrupção, no escândalo que ficou conhecido como Máfia dos Fiscais.

    Na época, foram cassados Maeli Vergniano e Vicente Viscome.

    Confusão

    Antes de os vereadores votarem, o advogado de Camilo Cristófaro, Ronaldo de Andrade, fez a defesa no plenário e afirmou que “foi uma frase mal colocada e não pode ser taxada como racismo”.

    Durante a fala do advogado, houve um princípio de confusão com o vereador Adilson Amadeu (União Brasil), que chamou o advogado de “brincalhão”, quando ele fez menção a um processo que o Amadeu sofreu depois de ofender um colega durante uma sessão. Na época, Amadeu chamou o parlamentar de “judeu filho da p.”.

    Depois do advogado, Camilo também fez um pronunciamento durante a votação e disse que a decisão já estava tomada. “Tenho 150 obras nesta cidade, e todas foram beneficiadas por negros. Nunca fui chamado de racista”, afirmou Cristófaro.

    A CNN procurou a defesa do vereador, que respondeu em um vídeo dizendo que “uma palavra fora de contexto tirar esse trabalho de um vereador que luta por tudo e por todos e pelos mais humildes é muito triste”.

    *Publicado por Fernanda Pinotti, com informações de Adriana De Luca, da CNN

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