Saiba quais vereadores assinaram pedido de CPI que mira o padre Júlio Lancellotti
19 parlamentares apoiam criar comissão; autor do pedido quer mais assinaturas para conseguir urgência
O pedido de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que mira o padre Júlio Lancellotti conta com o apoio de 19 vereadores paulistanos.
A solicitação já foi protocolada na Câmara Municipal.
Veja quais vereadores assinaram o pedido de CPI:
- Rubinho Nunes (União)
- Fernando Holiday (PL)
- Marlon Luz (MDB)
- Rodolfo Despachante (PP)
- Marcelo Messias (MDB)
- George Hato (MDB)
- Rinaldi Digilio (União)
- Cris Monteiro (Novo)
- Milton Leite (União)
- André Santos (Republicanos)
- Atílio Francisco (Republicanos)
- Isac Félix (PL)
- João Jorge (sem partido)
- Ely Teruel (Podemos)
- Eli Corrêa (União)
- Rute Costa (PSDB)
- Sansão Pereira (Republicanos)
- Adilson Amadeu (União)
- Major Palumbo (PP)
O pedido enviado à Câmara propõe investigar “violações à dignidade da pessoa humana, em especial crimes contra a liberdade sexual, assédio moral, sexual, psicológico e abusos congêneres cometidos contra pessoas em situação de rua”, segundo o documento protocolado.
Autor do pedido de CPI, o vereador Rubinho Nunes (União-SP) informou à CNN que está reunindo assinaturas para que o pedido seja analisado com urgência pela Câmara. Segundo ele, faltam sete apoios, que devem ser coletados até a próxima quarta-feira (20).
O vereador Milton Leite (União-SP), presidente da Câmara, foi um dos que assinaram o pedido de criação da CPI. Além dele, o vice-presidente João Jorge (sem partido) também apoiou a abertura de uma comissão de inquérito.
Em janeiro, contudo, Jorge afirmou à CNN que a CPI não prosperaria, e que não seria de interesse da Câmara “entrar nessa briga com a Arquidiocese”.
Ao ser questionado pela reportagem sobre a mudança de posição, Jorge disse que, entre os motivos, estavam a apresentação de depoimentos de adolescentes que teriam sido abusados pelo padre, e um vídeo que classificou como “comprometedor”.
Além disso, diz o vereador, a mudança de posição da Arquidiocese paulista também influenciou na sua. Ela abriu nova investigação contra o padre e a possível vítima fez o relato de um suposto caso, conforme apuração do analista da CNN Pedro Duran.
Jorge disse que fez uma consulta aos seus eleitores nas redes sociais, dos quais 95% se mostraram favor da investigação. “Se o padre for inocente, ele estará liberado. Se ele deve alguma coisa, deve pagar por aquilo que deve”, concluiu João Jorge.
A CPI, se criada, vai ser composta por sete membros e terá um prazo de cerca de quatro meses para ser concluída, podendo ser prorrogada.
O pedido começou a prosperar em janeiro deste ano, mas só foi protocolado dois meses depois — alguns vereadores retiraram suas assinaturas após a repercussão de que a Comissão teria como alvo o padre.
A CNN entrou em contato com o padre Júlio Lancellotti e aguarda retorno.
*Sob supervisão de Nathan Lopes