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    Rosa Weber cobrou Ibaneis no WhatsApp durante atos criminosos de 8 de janeiro: “Já entraram no Congresso!”

    Troca de mensagens entre as autoridades foi extraída pela Polícia Federal (PF) do celular do governador afastado do Distrito Federal

    Gabriela CoelhoLarissa RodriguesLéo Lopesda CNN

    em Brasília e São Paulo

    A ministra e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber cobrou o então governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha (MDB), pelo WhatsApp durante os atos criminosos em Brasília do dia 8 de janeiro.

    A troca de mensagens entre as autoridades foi extraída pela Polícia Federal (PF) do celular de Ibaneis, que foi entregue para perícia no último dia 23.

    Naquele domingo do dia 8 de janeiro, enquanto os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) avançavam contra as sedes dos Três Poderes, Rosa Weber escreveu ao governador do DF, às 16h25: “Já entraram no Congresso!”

    O relatório da PF, que foi apresentado ao STF, aponta que a ministra foi uma das primeiras pessoas a falar com o governador depois do início dos ataques.

    “Coloquei todas as forças de segurança nas ruas”, respondeu Ibaneis, às 16h27.

    A ministra então justificou o motivo de ter entrado em contato, citando a ausência do então responsável pela segurança do DF, Anderson Torres – preso preventivamente desde 14 de janeiro acusado de omissão.

    “O Secretário de Segurança do DF está de férias, por isso o contato direto com o senhor!”, escreveu a presidente do STF, às 16h27.

    Troca de mensagens entre ministra do STF Rosa Weber e então governador do DF Ibaneis Rocha durante atos criminosos de 8 de janeiro.
    Troca de mensagens entre ministra do STF Rosa Weber e então governador do DF Ibaneis Rocha durante atos criminosos de 8 de janeiro. / Reprodução

    O governador respondeu: “Estamos cuidando.”.

    Ibaneis também enviou o número de contato do delegado Fernando de Sousa Oliveira, que era secretário-executivo da Segurança do DF e “número 2” de Torres, afirmando que ele estava à frente da ação contra os atos criminosos.

    A última mensagem da conversa é de Rosa Weber, às 16h29, agradecendo o contato: “Obrigada.”

    Pacheco demonstrou preocupação no dia anterior

    As mensagens de Ibaneis também revelaram que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), demonstrou preocupação na noite anterior aos atos.

    Em mensagem enviada às 20h do sábado, dia 7 de janeiro, Pacheco escreveu: “Estimado governador, boa noite! Polícia do Senado está um tanto apreensiva pelas notícias de mobilização e invasão ao Congresso. Pode nos ajudar nisso? Abraço fraterno. Rodrigo.”

    Às 20h04, o governador do DF respondeu em três mensagens seguidas: “Já estamos mobilizados”, “Não teremos problemas”, “Coloquei todas as forças nas ruas”.

    Troca de mensagens entre o então governador do DF, Ibaneis Rocha, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no dia anterior aos atos criminosos de 8 de janeiro.
    Troca de mensagens entre o então governador do DF, Ibaneis Rocha, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no dia anterior aos atos criminosos de 8 de janeiro. / Reprodução