Ricardo Baronovsky: Bom seria se o presidente pudesse ficar ‘solteiro’, sem partido
No quadro Liberdade de Opinião desta quinta-feira (18), o comentarista avalia o processo de filiação de Bolsonaro ao Partido Liberal
No quadro Liberdade de Opinião desta quinta-feira (18), o comentarista Ricardo Baronovsky avaliou o processo de filiação de Jair Bolsonaro (sem partido) ao Partido Liberal após dirigentes do PL terem dado “carta branca” a Valdemar Costa Neto para que ele negocie diretamente com Jair Bolsonaro.
“O PL é essa primeira opção do presidente, só que o cenário é bastante traumático. Existe essa colisão interna e a princípio este casamento não está fechado. Bom mesmo se o presidente pudesse ficar solteiro. Já que a pauta é Liberdade de Opinião, por que não trazer de novo o tema candidaturas avulsas e independentes? Mas no Brasil, infelizmente, partidos políticos têm dono e esse dono diz: ‘Você pode até ser o presidente da República, mas no meu partido mando eu’.”
Baronovsky acredita que, diante da obrigatoriedade de se filiar seis meses antes das eleições de 2022, Bolsonaro teria ficado sem escolha.
“Por culpa desta filiação partidária obrigatória de um lapso de seis meses, não há escolha. É uma escolha trágica do presidente que vai ter que decidir entre estes partidos aquele que menos traz ruído para sua imagem e para a sua projeção em 2022.”
O comentarista analisou ainda a possibilidade da filiação ao PL não ser bem-sucedida. Neste caso, ele acredita no Partido Progressista (PP) como segunda opção.
“Em contrapartida, temos o PP tentando, o partido do Capitão Derrite, que tem uma ligação muito forte com a ala do presidente e de seus filhos, e que vem tentando esta proximidade. A diferença é que no PL há um comando único, do Valdemar Costa Neto, e no PP ele é um pouco mais pulverizado, o que poderia, depois, trazer certo atrito por parte do presidente [Jair Bolsonaro] em razão das diversas lideranças que comandam o partido.”
O Liberdade de Opinião teve a participação de Thiago Anastácio e Ricardo Baronovsky. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.
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