Rezende: CPI vai ‘sangrar’ governo nas próximas semanas por denúncia de propina
No quadro Liberdade de Opinião, Sidney Rezende repercutiu suposto pedido de propina feito por representantes do Ministério da Saúde para a compra de vacinas
No quadro Liberdade de Opinião desta quarta-feira (30), Sidney Rezende falou sobre o suposto pedido de propina feito por representantes do Ministério da Saúde para a compra de vacinas contra a Covid-19.
O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse à CNN que pretende votar hoje o requerimento de convocação do empresário Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Suplly, para depor nesta sexta-feira. Segundo o jornal “Folha de S. Paulo”, Dominguetti afirmou que teria recebido pedido de propina de US$ 1 por dose em troca do fechamento de contrato.
“Já estou comentando e atuando como repórter de política desde a década de 80, e fiquei de queixo caído, é uma baita encrenca [essa denúncia]. Esse senhor, o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, foi indicado por Ricardo Barros, que é o líder do governo [na Câmara] e já atua na área política há muitos anos”, analisou Rezende.
“[Barros] indicou Dias para essa função, mas queria ele na Anvisa. Tem até despacho que tive acesso do presidente Bolsonaro dizendo isso”, disse Rezende. “A ideia era colocá-lo na Anvisa e aí arrumaram essa função de diretor de logística [no Ministério da Saúde].”
“Estamos tratando de algo de muita envergadura e que pode envolver a relação com o Centrão também”, avaliou o jornalista. “Tudo isso faz com que se tenha uma nitroglicerina que o afastamento de Roberto Ferreira Dias não sana. Então, a CPI vai nesta semana e na próxima novamente sangrar o governo nessa matéria. É uma denúncia muito grave”, concluiu Rezende.
O Liberdade de Opinião tem a participação de Sidney Rezende e Alexandre Garcia. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.
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