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    Renan diz que Onyx intimidou irmãos Miranda e pode pedir sua prisão

    Grupo opositor ao governo na CPI da Pandemia analisa requerimento que pode convocar Onyx a prestar depoimento à comissão

    Rafaela Lara, da CNN, em São Paulo

    O relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, intimidou o deputado federal Luis Miranda e seu irmão durante pronunciamento feito nesta quarta-feira (23) e que pode pedir a sua prisão. A informação foi antecipada pela analista de política da CNN Basília Rodrigues.

    Um pedido de convocação de Onyx foi apresentado no início da sessão desta quinta-feira (24). Segundo o relator, o pronunciamento foi marcado por intimidação aos irmãos Miranda, que denunciaram as possíveis irregularidades na compra da Covaxin ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

    O requerimento pela convocação de Onyx foi apresentado pelo senador Humberto Costa (PT-PE) no início da sessão, que foi apoiado por Renan. Ele chamou de “bravata” o pronunciamento de Onyx sobre as acusações de irregularidades na compra da vacina Covaxin.

    “Ele [Onyx] comete um crime porque é um caso clássico de coação de testemunha e de dificuldade de avanço da investigação (…) Se esse senhor continuar a reincidir, não temos outra coisa senão requisitar a prisão dele”, disse Renan.

    Antes de abrir os trabalhos, o grupo opositor ao governo se reuniu na sala do presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM).

    Em entrevista exclusiva à CNN nesta quarta-feira (23), Luis Miranda afirmou que Bolsonaro sabia que havia indícios de crime na compra dos imunizantes Covaxin. A CNN teve acesso a uma troca de mensagens entre o deputado e o secretário-adjunto do Palácio do Planalto – na conversa, Luis Miranda pede que o presidente seja avisado sobre o ocorrido. 

    No pronunciamento após as revelações de Luis Miranda, Onyx afirmou que o governo vai instaurar um procedimento administrativo disciplinar contra o irmão do deputado Luis Miranda, e propor à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o parlamentar e o familiar sejam investigados por supostamente adulterar documentos.

    Nesta quinta-feira (24), a CPI da Pandemia ouve os o epidemiologista e pesquisador da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Pedro Hallal, e Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil e representante do Movimento Alerta.

    Antes do início das falas, Renan pediu que a CPI garanta a segurança do empresário Francisco Maximiano, da Precisa Medicamentos, para não incorrer em prevaricação.

    “A Precisa será alvo a partir de agora. É uma testemunha muito importante e precisamos garantir a segurança de vida dele. A empresa teria levado dinheiro público, mas precisamos garantir a segurança de vida dele”, disse.

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