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    Guerra de narrativas sobre prisões no DF opõe esquerda e direita nas redes

    Polícia Federal afirma que presos estão recebendo alimentação regular e atendimento médico quando necessário; bolsonaristas criticam alojamento

    Lucas Rochada CNN , em São Paulo

    Cerca de 1.500 pessoas foram detidas e conduzidas à superintendência da Polícia Federal em Brasília, no Distrito Federal, após os ataques criminosos às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no domingo (8). As informações foram divulgadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

    A Polícia Federal informou nesta terça-feira (10) que 527 pessoas continuavam presas até o início da tarde. De acordo com a PF, foram liberados 599 detidos por questões humanitárias, incluindo idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e mães acompanhados de crianças.

    Relatos nas redes sociais apontam divergências sobre a situação das pessoas detidas na Academia Nacional da PF.

    Há publicações que afirmam que os detidos estão amontoados e sem condições básicas.

    Outros registros mostram que os presos receberam atendimento médico e alimentação.

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou nesta terça-feira (10) que os criminosos querem que a prisão seja uma “colônia de férias”.

    “Não achem esses terroristas que até domingo faziam badernas e crimes e agora reclamam porque estão presos, querendo que a prisão seja uma colônia de férias, não ache que as instituições irão fraquejar”, disse Moraes.

    Um grupo de deputados do PL emitiu um ofício ao gabinete do defensor público-geral federal, Daniel de Macedo Alves Pereira, pedindo providências.

    O que diz a PF

    A CNN consultou a Polícia Federal sobre a situação dos detidos, que respondeu, por meio de nota:

    “Os procedimentos estão sendo acompanhados, ininterruptamente, pela Ordem dos Advogados do Brasil, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Saúde do DF e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os presos estão recebendo alimentação regular e atendimento médico quando necessário”.

    Ofício de deputados do PL

    Dezenove deputados federais do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, encaminharam um ofício ao gabinete do defensor público-geral federal, Daniel de Macedo Alves Pereira, que pede providências quanto às condições em que estão detidos os criminosos que vandalizaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no domingo (8).

    O documento alega que os presos estão sem acesso a condições básicas de alimentação, hidratação e alojamento.

    “Diante da situação, solicito com urgência, a adoção de providências para fins de garantia dos direitos humanos de pessoas tuteladas pelo Estado que se encontram, conforme imagens já amplamente divulgadas pela imprensa, expostas a condições indignas”, diz trecho da nota assinada por Carla Zambelli (PL-SP) e outros 18 parlamentares.

    Ministério dos Direitos Humanos monitora situação

    O Ministério de Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) informou, nesta terça-feira (10), que monitora junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) a situação das pessoas detidas após os ataques criminosos em Brasília.

    “As prisões em flagrante estão sendo lavradas e as pastas irão atuar, em conjunto, na missão de que a legalidade sempre seja observada”, diz o ministério em nota.

    (Com informações de Isabela Filardi, Gabriela Coelho, Ana Alves e Basília Rodrigues)

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