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    Relatório pró-Bolsonaro sugere que governo crie site para tratar saúde mental

    No relatório da base governista da CPI, não há pedidos de indiciamento. No lugar, uma série de recomendações

    Basília Rodrigues

    O relatório preparado pela ala governista na CPI da Pandemia prevê que o Poder Executivo destine recursos prioritários para criação de programas de saúde mental e de tratamento no SUS, além de um site e de um canal de comunicação para atender a saúde mental das pessoas que ficaram com sequelas da pandemia.

    O relatório avulso tem cerca de 200 páginas. Como a CNN antecipou, não há pedidos de indiciamento. No lugar, uma série de recomendações.

    Entre elas, há dez sugestões ao governo federal, como a criação de um comitê permanente de gestão de crises e de emergências. No início da pandemia, o governo chegou a criar um comitê emergencial gerido pela Casa Civil, que acabou entrando na mira da CPI por supostamente abrir espaço para o funcionamento de um gabinete paralelo, que recebeu médicos pró-hidroxicloroquina.

    O texto é do senador Marcos Rogério. Por meio de consulta formal, ele perguntou ao presidente da CPI, Omar Aziz, quando poderá ser apresentada sua versão de relatório e quanto tempo de leitura teria.

    Por acordo, Aziz abriu espaço para a leitura na próxima terça-feira, porém, com tempo limitado de 15 minutos.

    Para simplificar, o senador governista fez um resumo com cerca de 10 páginas.

    Conheça as recomendações do relatório governista para o governo:

    •  Criação de um comitê permanente de gestão de crises e de emergências;
    • Destinação de recursos prioritários para financiamento à pesquisa e ao desenvolvimento de fármacos e vacinas; bem como à Fundação Oswaldo Cruz e à ampliação de seu parque fabril;
    • Destinação de recursos prioritários para criação de programas de saúde mental e de tratamento no SUS, além de um site e de um canal de comunicação para
      atendimento da saúde mental para população que apresenta sequelas em
      decorrência da pandemia;
    • Estruturação das regiões de saúde no âmbito do SUS, visando promover a
      regionalização e a descentralização das políticas públicas de saúde;
    • Implementação de políticas públicas para a instalação de indústrias produtoras de
      oxigênio medicinal no território nacional;
    • Implementação de políticas públicas de valorização dos profissionais da saúde e
      a reestruturação de carreiras;
    • Implementação de políticas públicas com vistas à diminuição da dependência
      nacional de medicamentos e imunizantes produzidos no exterior;
    • Criação de laboratório de Nível de Biossegurança 4 a fim de que o país alcance
      autonomia nas pesquisas de agentes infecciosos altamente perigosos,
      especialmente quanto às novas cepas do novo coronavírus;
    • Implementação de políticas públicas com ênfase na formação e na capacitação de
      profissionais da ciência;
    • Aperfeiçoamento do sistema de certificação de garantias prestadas pelos entes privados em contratos firmados com o Poder Público.

     

     

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