Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    À CNN, relatora da CPMI diz que invasores do Senado usaram “técnicas de guerrilha” e cita possível omissão

    Jorge Eduardo Naime, ex-chefe de operações da Polícia Militar do Distrito Federal, declarou ao colegiado que a Abin informou na manhã de 8 de janeiro que haveria invasão dos prédios públicos

    Douglas Portoda CNN* , Em São Paulo

    A relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, Eliziane Gama (PSD-MA), declarou, em entrevista à CNN nesta segunda-feira (26), que as pessoas que invadiram o Senado Federal utilizaram “técnicas de guerrilha” para a destruição do prédio.

    Eliziane explica que o coronel Jorge Eduardo Naime, ex-chefe de operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), afirmou, em depoimento ao colegiado hoje, que as Forças Armadas limitaram as ações da corporação. Isso teria acontecido, principalmente, em relação ao acampamento que estava montado em frente ao quartel-general do Exército Brasileiro.

    “A gente sabe que os acampamentos foram montados e estavam sendo custeados, mantidos, em frente ao quartel-general do Exército. Então, automaticamente, a gente consegue sentir que havia uma influência de integrantes das Forças Armadas em relação à manutenção desses acampamentos. Ele [Jorge Eduardo Naime] falou claramente que tentou retirar algumas vezes e, infelizmente, não conseguiu. E, segundo ele, por uma ação mais forte desses integrantes das Forças Armadas”, descreve Eliziane.

    “Então, esse alinhamento que a gente tem, que é muito importante, que é o subsídio técnico desses manifestantes, é um elemento que não há dúvida nenhuma que nós precisaremos levar em consideração. As pessoas que ocuparam, por exemplo, aqui o espaço do Senado, eles vieram com técnicas claras de guerrilha”, prossegue.

    “Então, são pessoas que vieram para cá, tentaram e conseguiram destruir uma boa parte, de fato, das instalações, e são pessoas que não há dúvida nenhuma que precisam ser responsabilizadas”, finaliza a senadora.

    Naime também expôs na CPMI que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informou, na manhã de 8 de janeiro, por volta das 10h, que haveria invasões de prédios públicos.

    Conforme Eliziane, o fato é uma informação muito importante e deveria existir uma correlação entre o serviço de inteligência e o serviço ostensivo, que é de responsabilidade da Polícia Militar.

    “De fato, se você tem um informe e essa organização não é feita, claramente a gente caminha para uma situação de omissão dos órgãos de segurança pública em relação ao Distrito Federal”, diz a relatora.

    *Produzido por Elis Franco

    Tópicos