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    Rede de saúde no Amazonas está funcionando no limite, diz governador

    Caso o número de infectados aumente, medidas ainda mais restritivas poderão ser tomadas, afirma Wilson Lima

    O Governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), falou com a CNN na noite deste domingo (12) sobre o crescente número de casos da COVID-19 no estado. O Amazonas contabiliza 62 mortes e 1.266 casos de pessoas infectadas. 

    Segundo o governador, o sistema de saúde está sobrecarregado em toda rede hospitalar estadual. As ações do governo, neste momento, estão concentradas em conseguir ampliar o número de leitos e criar, junto ao governo federal, novos hospitais de campanha.

    “Hoje a nossa capacidade chega próximo do limite, mais de 90% das unidades já estão ocupadas por conta da COVID-19”, disse Wilson Lima. O foco do estado, afirma, é melhorar a estrutura para que todo mundo que procure a rede pública possa ser atendido.

    Um novo hospital de campanha, que será construído em Manaus, foi anunciado neste sábado (11) pelo ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta e será destinado às populações indígenas. O governador afirmou ainda que uma nova verba de R$ 15 milhões, recebida do governo federal, será destinada a ampliar a capacidade do principal hospital público do estado, o Delphina Aziz, que chegará a 350 leitos. 

    Possibilidade de lockdown

    Wilson Lima disse ainda estar em contato constante com o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, no enfrentamento à doença.

    “Baixamos as medidas restritivas, além disso, nossa Polícia Militar, Civil, Corpo de Bombeiros, Fundação de Vigilância em Saúde e Procom estão nas ruas da capital para coibir ações que já estão proibidas”, conta Wilson Lima, apontando que mesmo diante deste cenário, ainda há uma falta de entendimento por parte de algumas pessoas sobre a questão do isolamento social.

    “Se a gente continuar avançando os casos, vamos tomar medidas mais restritivas, para fazer com que as pessoas fiquem em casa”, antecipa o governador ao frisar que estão seguindo rigorosamente todos os protocolos sugeridos pelo Ministério da Saúde.

    Uma medida drástica, segundo ele, seria fazer o lockdown, porém, para isso acontecer, Lima afirma que precisará da opinião dos especialistas, do Ministério da Saúde, além de ter de conversar com os poderes, com a Prefeitura de Manaus, o comércio e a indústria. 

    Um novo hospital de campanha, que está sendo montado em um campo universitário, terá 400 leitos e irá receber pacientes com média gravidade, que não precisam de UTI. Além da infraestrutura, haverá um reforço de respiradores, que serão transferidos do Rio Grande do Sul para o Amazonas, além de uma equipe técnica com médicos, enfermeiros e socorristas.

    “Estamos recebendo, amanhã, dez médicos intensivistas”, ressalta Wilson Lima..