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    Recursos para leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc serão liberados em 2023 e 2024

    Objetivo das regulamentações é reduzir os efeitos econômicos causados pela pandemia no setor cultural; repasse de verba era esperado para acontecer em 2022

    Gabriela BernardesJoão Rosada CNN , em Brasília

    Uma nova Medida Provisória (MP) publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (29) viabiliza a liberação de recursos emergenciais ao setor cultural devido ao impacto econômico da pandemia. Contudo, a MP adia o pagamento das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc, que tratam de incentivos à cultura.

    A expectativa era que as verbas fossem disponibilizadas neste ano, pois o texto da lei previa que estes repasses acontecessem em até 90 dias após a sua publicação. Porém, a regulamentação do governo prevê a verba para 2023 das Leis Perse e Paulo Gustavo, enquanto a Lei Aldir Blanc será paga a partir de 2024, parcelada até 2028.

    A Medida também condiciona o repasse à disponibilidade orçamentária e financeira, o que pode dificultar que os valores sejam pagos, pois, caso a verba não seja integralmente repassada em 2023, o governo poderá postergar a ação para o ano seguinte.

    O presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou as leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2, mas a decisão foi derrubada pelo Congresso em julho.

    O repasse das verbas será destinado aos estados, municípios e ao Distrito Federal. A medida autoriza a União a destinar até R$ 3,862 bilhões para o setor, como previsto na Lei Paulo Gustavo.

    Já a Lei Aldir Blanc autoriza destinação para os estados e municípios no valor de no máximo R$ 3 bilhões por ano.

    A MP também prevê o auxílio aos beneficiários do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). O desembolso está programado para os anos de 2024 até 2028, no valor máximo de R$ 2,5 bilhões. Serão favorecidos apenas os empresários que tiveram redução superior a 50% no faturamento durante a pandemia.

    A proposta permite também que os auxílios financeiros criados pelo Congresso Nacional sejam cumpridos dentro do planejamento.

    *Sob supervisão de Gabrielle Varela, da CNN

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