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    Radar Político: o cenário ao redor da demissão de Álvaro Antônio do Turismo

    Da CNN

    No quadro Radar Político da CNN Rádio desta quinta-feira (10), os analistas Igor Gadelha, Caio Junqueira e Fernando Molica analisam os motivos que levaram à demissão de Marcelo Álvaro Antônio do cargo de ministro do Turismo.

    A demissão foi motivada por mensagem enviada por Álvaro Antônio ao ministro Luiz Eduardo Ramos em um grupo de WhatsApp composto por ministros de Estado. Na mensagem, o ex-chefe do Turismo chama Ramos de “traíra” e afirma que o general esconde do presidente Jair Bolsonaro o “altíssimo preço” que o governo tem pago por “aprovações insignificantes” no Congresso.

    “Essa mensagem animou, no Palácio do Planalto, os ministros da ala militar do governo a pedirem a cabeça de outros dois ministros além de Álvaro Antônio”, pontou Gadelha. “Os generais que fazem parte do governo agora pressionam Bolsonaro a demitir também o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.”

    Na avaliação da ala militar, segundo o analista, a avaliação é que Salles teria incentivado Álvaro Antônio a entrar na briga com Ramos. O ministro do Meio Ambiente já chegou a chamar Ramos de “maria fofoca”.

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    No caso de Lorenzoni, explica Gadelha, a demissão é esperada e o ministro da Cidadania está na mira. Sua saída está programada para a reforma ministerial que Bolsonaro pretende fazer em fevereiro, após a eleição dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado.

    Junqueira destacou que a demissão de Álvaro Antônio foi antecipada, já que a previsão era de que aconteceria em fevereiro. “Isso aconteceu, pelo o que eu conversei com o governo, porque o ministro Marcelo cometeu quatro erros”, disse o analista.

    “Primeiro, e o que mais incomodou o presidente, foi que ele descumpriu uma ordem do próprio Bolsonaro, e teve uma rusga pública com outro ministro de Estado”, pontuou. “Segundo, na mensagem, o ex-ministro dizia que o ministro Ramos pedia a cabeça dele (Álvaro Antônio) e Bolsonaro disse que isso nunca aconteceu.”

    O terceiro motivo, segundo a apuração de Junqueira, é que Álvaro Antônio afirmou que o Palácio do Planalto não tem base aliada. “Isso, na semana em que o Palácio aprovou matérias com folga na Câmara dos Deputados”, destacou o jornalista.

    “Por fim, um erro que também foi apontado pelos interlocutores do presidente é de que o ex-ministro achou que tinha uma força que não tinha”, disse Junqueira.

    Cartela Radar Político - Rádio CNN
    Caio Junqueira, Igor Gadelha e Fernando Molica comandam o Radar Político, na Rádio CNN
    Foto: CNN Brasil

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