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    Quem é Marta Suplicy, escolhida para ser vice de Boulos na eleição de São Paulo

    Ex-prefeita retornou ao PT após cerca de nove anos depois de um pedido do presidente Lula

    Douglas Portoda CNN , São Paulo

    A ex-prefeita Marta Suplicy (PT) foi confirmada, na última sexta-feira (2), como pré-candidata a vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo.

    A data marcou ainda seu retorno ao PT após cerca de nove anos. O movimento político teve intermédio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    “Estou muito emocionada, nesta noite eu só pensava nisso, que emoção seria essa volta. E realmente está sendo muito forte, voltar ao ninho, sentir que eu sou PT raiz, que nunca saiu de dentro de mim. Me emociona muito e ver o carinho de todos é uma coisa muito forte”, disse a ex-prefeita na cerimônia de sua filiação.

    A CNN apresenta, a seguir, detalhes da vida de Marta Suplicy.

    Quem é Marta Suplicy

    Marta Teresa Smith de Vasconcellos Suplicy nasceu em 18 de março de 1945 na cidade de São Paulo.

    É filha de Luiz Affonso Smith de Vasconcellos, que era dono de indústrias de papel, e de Noemia Fracalanza Smith de Vasconcellos, e neta do Barão de Itaipava, Jaime Smith de Vasconcellos.

    Psicóloga formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), tem pós-graduação pela Universidade de Stanford e mestrado na Universidade Estadual de Michigan, ambas nos Estados Unidos.

    Membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise, Marta atendeu em uma clínica privada por mais de uma década.

    Ainda é autora de livros, como “Conversando Sobre Sexo” (1986); “Sexo para Adolescentes” (1996); “Papai, mamãe e eu: o desenvolvimento sexual da criança de zero aos dez anos” (2002).

    Foi pioneira ao falar sobre sexualidade na televisão, principalmente no programa “TV Mulher”.

    Vida política

    Filiada ao PT entre 1981 e 2015, Marta disputou sua primeira eleição apenas em 1994, quando foi eleita para deputada federal.

    Em 1998, concorreu para o governo de São Paulo, ficando na terceira colocação com 22,5% dos votos válidos.

    Dois anos depois, foi eleita prefeita de São Paulo, ao vencer a disputa contra Paulo Maluf (PP).

    Na ocasião, foi apoiada pelo então governador Mário Covas (PSDB), que havia lhe vencido nas eleições anteriores, e sempre foi um antagonista do PT.

    Porém, não conseguiu o mesmo sucesso em 2004, quando disputava a reeleição e foi superada por José Serra (PSDB), alcançando 45,14% dos votos válidos.

    Em 2006, na disputa ao governo do estado, foi superada por Aloizio Mercadante nas prévias do PT e não conseguiu a candidatura.

    A partir de 2007, se tornou ministra do Turismo no governo Lula, cargo que ocupou até 2008. Neste ano, disputou a Prefeitura de São Paulo pela terceira vez e acabou derrotada por Gilberto Kassab, então no Democratas, no segundo turno.

    Em 2010, foi a primeira mulher em São Paulo eleita para o Senado.

    No governo de Dilma Rousseff (PT), a partir de 2012, passou a atuar como ministra da Cultura, ficando no cargo até 2014.

    Casamento com Eduardo Suplicy

    01/01/2000 – A prefeita eleita de São Paulo, Marta Suplicy, então do PT, toma posse no Palácio das Indústrias, ao lado de seu então marido, Eduardo Suplicy / KATHIA TAMANAHA/ESTADÃO

    Entre 1964 e 2001, Marta foi casada com o deputado estadual e ex-senador Eduardo Suplicy.

    Da união, nasceram três filhos: Supla, João Suplicy e André Suplicy. Eles ainda têm sete netos.

    Desfiliação do PT

    Depois de 33 anos no PT, Marta deixou a sigla em abril de 2015, dizendo que foi “isolada e estigmatizada” pela direção partidária e que se sentia “constrangida” com a investigação de crimes de corrupção.

    Em setembro do mesmo ano, entrou no PMDB – hoje MDB – e disse que o então vice-presidente da República, Michel Temer, iria “reunificar o país”.

    A consolidação de seu antagonismo com o PT viria em 2016, quando foi favorável ao impeachment de Dilma durante votação no Senado.

    “Eu tive a percepção de que o governo da presidente Dilma ia acabar do jeito que acabou, e saí então na hora certa”, afirmou Marta à época em entrevista à “TV Senado”.

    Ainda disse que o Brasil “não tinha condições de permanecer” com a presidente e que ela mostrou “absoluta incompetência na condução do país”.

    No mesmo ano, disputou a Prefeitura de São Paulo e acabou em quarto lugar na disputa. Na ocasião, saiu vencedora em dois distritos do extremo sul da capital: Parelheiros e Grajaú.

    Em 2020, apoiou a candidatura de Bruno Covas (PSDB) para o Executivo municipal. Após a vitória do tucano, Marta foi escolhida para comandar a Secretaria de Relações Internacionais.

    Ficou no cargo até janeiro de 2024, após ser escolhida para ocupar o posto de vice de Boulos.

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