Quem é o jornalista perseguido por Zambelli que foi condenado por difamação
Profissional da imprensa foi obrigado a retirar de site críticas sobre perseguição
Condenado por crime contra a honra da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o jornalista Luan Araújo tem 34 anos e dedicou boa parte de sua carreira ao jornalismo esportivo.
O jornalista foi perseguido por Zambelli na véspera do segundo turno da eleição de 2022. A parlamentar empunhava uma arma na ocasião. O julgamento de Zambelli pela perseguição ainda está em curso no Supremo Tribunal Federal (STF).
A condenação de Araújo foi a respeito de um texto que o jornalista publicou a respeito da perseguição. A decisão foi do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). A pena dele foi convertida em prestação de serviços à comunidade.
Ele disse, no texto, que Zambelli mantém uma “seita de doentes de extrema direita que a segue incondicionalmente e segue cometendo atrocidades”. Em outro trecho, o jornalista falou que a deputada é parte de uma “extrema direita mesquinha, maldosa e que é mercadora da morte”. A publicação não está mais disponível. O texto foi removido por ordem judicial.
Quem é Luan Araújo
O jornalista tem 34 anos e mora na zona leste de São Paulo.
Cursou jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, entre os anos de 2009 e 2012.
É corintiano e integrante da Gaviões da Fiel. Dedicou boa parte da carreira ao jornalismo esportivo.
Trabalhou ainda como assessor de imprensa e como gestor de comunidades digitais.
Luan escreve regularmente para o site O Diário do Centro do Mundo, onde comentou o ocorrido com a deputada.
O jornalista é bastante ativo nas redes sociais, onde defende pautas como combate ao racismo e também políticos de esquerda. Apoiou Haddad (2018) e Lula (2022) nas últimas eleições presidenciais.
O advogado Renan Bohus, que representa Araújo, disse discordar da sentença condenatória no TJ-SP e que vai recorrer, “pois Luan jamais teve a intenção de difamar a deputada Carla Zambelli”. “Inclusive, Luan é jornalista e estava no exercício de sua profissão, usufruindo do direito constitucional à liberdade de expressão e liberdade de imprensa quando fez críticas ao segmento político do qual a deputada faz parte”.
*Com informações do Estadão Conteúdo