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    Quando um lado abaixa as armas, o outro faz o mesmo, diz Kassab sobre governo

    Em entrevista para a CNN, o presidente do PSD disse também que o as pastas da Educação e Saúde não podem estar atreladas a ideologias

    Da CNN, em São Paulo

    Ex-prefeito de São Paulo e presidente do PSD, Gilberto Kassab, em entrevista à CNN, avalia o ambiente político do Brasil, especialmente após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) arrefecer seu discurso e iniciar aproximação com o Centrão para a formação de base no Congresso. O partido presidido por Kassab é um dos principais expoentes do grupo de quem agora Bolsonaro busca apoio, e disse que o movimento é resultado de uma maturidade tanto do presidente quanto do governo.

    “Do ponto de vista político e da relação com a sociedade, o governo vivia com muitas dificuldades. Elas diminuíram quando se abriram algumas portas. Ele se aproximou de pessoas que entende que estavam ajudando o governo, privilegiando relações pessoais a partidárias. Natural que quando um lado abaixa as armas, o outro lado faça o mesmo.”

    Sobre a aproximação do PSD com o governo, Kassab enfatiza que o partido tem posição de independência em relação à atual gestão do Palácio do Planalto, mas que pessoalmente tenta ajudar na governabilidade de Bolsonaro.

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    “Tenho independência com bastante cooperação com Bolsonaro. A postura de independência é adequada e de respeito a nossos pares, pois temos líderes que se sentem próximos ao governo, e fazem sugestões de nomes para cargos e sugestões de políticas públicas, e outros que não são tão alinhados ao presidente. Tudo que tenho ao meu alcance para ajudar na governabilidade, tenho feito.”

    Ministério da Educação

    Kassab também foi questionado sobre os rumos do Ministério da Educação, especialmente após Renato Feder — secretário da Educação do Paraná no governo de Ratinho Júnior, do PSD — ter sido ventilado no cargo e depois descartado. Para o ex-prefeito de São Paulo, Saúde e Educação são duas pastas de interesse nacional que não deveriam estar sob comando de vontades políticas.

    “Eu tenho uma visão de que a saúde e educação não podem estar atreladas a ideologias e nem a projetos partidários. São gestões de estado, o que aumenta a responsabilidade do presidente na escolha dos comandantes destes ministérios. O próximo ministro precisa ter alguma experiência na gestão da área pública, não pode ser um simples educador pelo tamanho da pasta.”

    Questionado sobre a recusa de Renato Feder do Ministério da Educação, uma sugestão que surgiu do PSD, Kassab minimizou o vai e vem dos últimos dias e disse que o que aconteceu foi um processo normal de escolha de gestor público.

    “Não acho que o presidente teve intenção de queimar a figura de Feder. Enquanto o presidente não tornar pública uma escolha, ela pode ser alterada. Parece que o presidente queria convidá-lo e no meio do caminho mudou de opinião.”

     

     

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