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    “Qualquer episódio de violência é péssimo”, diz Mourão sobre atentado contra Kirchner

    Em conversa com a CNN, vice-presidente lamentou tentativa de assassinato de Cristina Kirchner, mas avaliou que trata-se de uma questão interna da Argentina

    Gustavo Uribeda CNN , em Brasília

    O vice-presidente Hamilton Mourão lamentou nesta sexta-feira (2) o atentado sofrido pela vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

    Em conversa com a CNN, o general da reserva avaliou que “qualquer episódio de violência é péssimo”, mas ponderou que, em sua avaliação, trata-se de um episódio motivado por questões internas do país vizinho.

    “Qualquer episódio de violência é péssimo”, disse o vice-presidente brasileiro. “Eu acredito que seja uma questão interna da Argentina, que vive um momento muito difícil”, acrescentou.

    Mourão é o primeiro integrante da atual gestão a lamentar a tentativa de homicídio à política argentina.

    O ex-presidente Michel Temer também conversou com a CNN e lamentou o episódio, defendendo que “o mundo precisa de paz”.

    “Lamentável. O Brasil e o mundo precisam de paz”, disse. “Não que tenho piorado [a violência política]. É que tristemente tem se repetido”, acrescentou.

    Temer foi vice-presidente de Dilma Rousseff, do PT, nos dois mandatos da petista. No segundo, assumiu a Presidência da República após o processo de impeachment.

    Kirchner sofreu um atentado na porta de sua casa em Buenos Aires, por volta das 21h desta quinta.

    De acordo com a Polícia Federal Argentina, um homem brasileiro, identificado como Fernando André Sabag Montiel, de 35 anos, foi detido.

    Montiel é apontado pela polícia como o autor da tentativa de disparo.

    Vídeos das pessoas que estavam próximas à aglomeração ao redor da vice-presidente flagraram o momento em que um homem aponta a arma para a cabeça de Cristina e puxa o gatilho. Ela chega a levar as mãos para a cabeça, mas a arma falha e o disparo não acontece.

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