Punição a general Pazuello é vista como essencial para dar exemplo a quartéis
Temor é de que não impor punições ao ex-ministro da Saúde poderia encorajar outros militares a se manifestarem politicamente sem autorização
Uma punição ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello por ter participado de um ato em apoio ao presidente Jair Bolsonaro é tida como fundamental por alguns integrantes da cúpula do Exército para que situações semelhantes não venham a acontecer em níveis mais baixos da caserna.
Segundo a CNN apurou, a avaliação entre comandantes é a de que, se o general da ativa não receber uma penalidade, seu exemplo pode ser usado para impulsionar uma série de insubordinações nos quartéis.
A preocupação da alta cúpula militar tem como pano de fundo a proximidade com a disputa eleitoral de 2022 e, como o regulamento do Exército veda participação de militar em manifestação de cunho político, a punição a Pazuello teria, acima de tudo, caráter pedagógico.
Ainda segundo relatos feitos à CNN, há bastante insatisfação no comando do Exército com a participação do ex-ministro da Saúde na manifestação no Rio de Janeiro, neste domingo (23). O melhor cenário para a Força, segundo apurou a CNN, é que o próprio Pazuello pedisse para ser transferido para a reversa.
Fontes relataram ao âncora da CNN Kenzô Machida, no entanto, que Pazuello, antes de seguir para a reunião no Comando do Exército, descartou, em conversas com interlocutores mais próximos, pedir transferência para a reserva do Exército.