PTB adia candidatura à prefeitura do Rio enquanto negocia aliança bolsonarista
Partido lançou 76 candidatos a vereadores em convenção na Barra da Tijuca; tratativas seguem com PSL e PSD para lançamento de chapa única ao governo municipal


Em convenção encerrada no fim da tarde de domingo (6), o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) lançou, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, 76 aspirantes ao cargo de vereador. O esperado anúncio da candidatura da ex-deputada federal Cristiane Brasil à prefeitura do Rio de Janeiro não ocorreu, mas não está descartado.
Cristiane esteve presente no evento, ao lado do pai, Roberto Jefferson, e lembrou que, dois anos antes, Jair Bolsonaro (sem partido), então ainda candidato a presidente, foi atingido por uma facada de Adélio Bispo, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira.
“Um homem, munido de uma faca, e das piores intenções dos infernos, atentou contra a vida do presidente Jair Messias Bolsonaro. Nessa data então, nós podemos celebrar o renascimento do nosso presidente, e o momento em que sua vida foi novamente entregue nas mãos de Jesus”, disse a ex-deputada.
Sobre a candidatura, o partido afirmou em nota que “a chapa majoritária não foi anunciada pois isso será feito em evento exclusivo para o lançamento”. No entanto, a CNN apurou que há tratativas entre a legenda, o PSL e o PSD sobre o lançamento de uma candidatura única. As três siglas apoiam o governo Bolsonaro.
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Embora a pré-candidatura anunciada pelo PSL à prefeitura seja a do deputado estadual Rodrigo Amorim, as negociações, sustentadas pelo diretório estadual, avaliam a possibilidade de lançar o deputado federal Luiz Lima ao cargo. Cristiane Brasil, assim, seria candidata a vice-prefeita na chapa.
Está prevista para essa segunda-feira (7) a convenção do PSD, que pode lançar o deputado federal Hugo Leal, presidente do partido no estado, ao cargo. No entanto, caso os partidos cheguem a um acordo, ele não será anunciado como candidato nem ficará na chapa, mas apoiará a dobradinha com nomes do PSD e PTB.
Como ainda ocorre o processo de convenções, e elas costumam dar poderes para que as executivas dos diretórios municipais tratem das alianças, novos acordos podem ser feitos e desfeitos até 16 de setembro.
Caso prospere, um acordo dos três partidos pode causar problemas ao prefeito Marcelo Crivella (Republicanos). Isto porque o partido filiou três membros da família Bolsonaro: o vereador Carlos, o senador Flávio e Rogéria, mãe dos dois, que chegou a ser apontada como possível candidata à vice-prefeita, na chapa de Crivella.
O Republicanos pretende se apresentar como principal partido bolsonarista nessa eleição diante da não formalização do registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Aliança Pelo Brasil, partido que Jair Bolsonaro e os filhos trabalham para viabilizar.