Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    PT retoma pressão sobre juros em ataques “mais amenos” ao Banco Central

    Copom confirmou na quarta-feira (31) a redução da taxa Selic em 0,5 ponto percentual, indicando que persistirá o ritmo cauteloso de redução dos juros

    A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR)
    A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) 08/04/2023 - Reprodução/PT

    Clarissa Oliveirada CNN

    São Paulo

    Enterrando a perspectiva de trégua com o Banco Central, o PT decidiu pegar embalo no resultado da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para retomar os fortes ataques à atual condução da política de juros.

    O Copom confirmou na quarta-feira (31) a redução da taxa Selic em 0,5 ponto percentual, indicando que persistirá o ritmo cauteloso de redução dos juros.

    Dirigentes petistas ouvidos pela CNN apontam que a tendência é de uma retomada dos ataques, porém em tom mais ameno do que ocorreu na extensiva campanha liderada no ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Ao menos no plano, as novas críticas ao BC também não devem ser individualizadas na figura do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mas sim na instituição como um todo.

    A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, deu o tom ontem nas redes sociais. Gleisi fez no fim do dia uma postagem na qual apontou a redução lenta na taxa básica de juros como um “veneno” para a atividade econômica.

    “Copom mostra mais uma vez sua insensibilidade e descompasso com a realidade econômica. Manter o ritmo conta-gotas na redução da Selic é seguir submetendo país a uma das maiores taxas de juro real do planeta. É veneno para o crescimento econômico”, escreveu Gleisi.

    As novas críticas chegam num momento em que o Palácio do Planalto demonstra cada vez mais pessimismo diante da meta de déficit zero firmada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

    Nos bastidores, aliados próximos do presidente Lula reconhecem que, mesmo que avance a agenda econômica no Congresso, dificilmente o governo alcançará o equilíbrio fiscal. A aceleração da redução da Selic, afirmam tais interlocutores, seria um dos poucos remédios possíveis para aliviar essa perspectiva.