PT recebe ‘total apoio’ de Tebet, e Lula promete que senadora terá espaço que ‘quiser’ na campanha
Tebet disse que entende PT ser contra teto de gastos, mas vê necessidade de âncora fiscal mínima
A senadora e ex-presidenciável Simone Tebet (MDB) oficializou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em encontro aberto a imprensa nesta sexta-feira (7), em São Paulo.
Ao lado de Lula, Tebet disse estar comprometida com a campanha e com um eventual governo Lula. “Fica aqui, a partir de agora, um compromisso não apenas do meu voto, mas do meu total apoio à sua campanha e ao seu governo”.
A senadora descreveu que o seu encontro com o ex-presidente foi “exigido pela história”, e justificou o apoio ao ex-presidente pelo respeito “incondicional” à democracia e aos valores da Constituição. “Nós temos as nossas diferenças políticas, nós temos as nossas diferenças econômicas, mas elas são infinitamente menores do que o que nos une”, disse a senadora.
A aliança já estava informalmente selada após um almoço entre Tebet e Lula, na última quarta-feira (5), mas foi condicionada a incorporação de cinco propostas sugeridas por Tebet ao PT.
“Hoje eu estou aqui muito feliz para dizer que o presidente Lula, a sua equipe econômica, de assessores, acaba de receber e incorporar todas as sugestões que fizemos no nosso programa de governo ao seu programa de governo. Com isso, o que nós estamos dizendo aqui é que pensamos da mesma forma o Brasil que queremos.”, disse Tebet.
O ex-presidente disse que Simone terá o papel que ‘quiser’ na campanha. Por outro lado, Tebet se colocou à disposição para estar em palanques em estados onde há governadores em comum.
A emedebista afirmou entender a posição do PT contrária ao teto de gastos, mas pontuou achar necessário uma âncora fiscal ‘mínima’. Nesta quinta-feira (6), Lula reforçou ser contra o mecanismo sem apontar outra medida de responsabilidade fiscal.
Anteriormente, ao declarar apoio informal ao ex-presidente na última quarta-feira e em entrevista à CNN, Tebet criticou a investida da campanha petista no voto útil sem apresentar um plano de governo.
Lula evita cravar participação de Tebet em eventual governo petista
Ao ser questionado se, caso eleito, Tebet estaria à frente de algum ministério, Lula evitou cravar sobre a participação da senadora em um eventual novo governo petista.
O ex-presidente, que tem sido cobrado por empresários para adiantar nomes que integrariam seu governo, afirmou ser necessário ganhar a eleição antes de “sentar na cadeira”.
“Eu primeiro preciso ganhar as eleições, para depois a gente discutir a composição do governo, quem vai participar, quais forças políticas irão participar, porque isso não é um negócio, isso é uma ação programática”, disse Lula.
O petista afirmou, ainda, que o país não será governado por apenas um partido. “Você sabe que esse país não será governado por um único partido, por uma única ideologia, por um único grupo, esse país é muito grande. E nós precisamos então juntar muitas pessoas para montar um governo”, destacou o ex-presidente.
Sem detalhar apoio no agro, Tebet afirma que cumprirá missões e acena às mulheres
A senadora também disse que cumprirá missões sem detalhar se dará apoio no agro. “Estou pronta para desmistificar essa tese equivocada de que é agro ou meio ambiente, quando os dois andam juntos.”
A campanha espera que Tebet viaje ao Centro-Oeste ao lado do vice na chapa, Geraldo Alckmin (PSB), que tem intermediado as conversas com o setor.
Além disso, Tebet destacou que levantará durante a campanha a pauta da igualdade de gênero – entre as propostas de Tebet incorporadas ao plano de governo petista está a paridade de salários entre homens e mulheres.
“Eu vou estar onde a campanha precisar, dentro da minha humilde pequenez, mas sabendo também da grandiosidade e responsabilidade que tenho como mulher, de poder ter um momento direcionado às mulheres de reflexão”, disse Tebet.
Fotos – os governadores eleitos
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Wilson Lima (União Brasil) foi reeleito governador do Amazonas no 2º turno, com 56,66% dos votos • Foto: Reprodução / CNN
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Eduardo Leite (PSDB) foi eleito governador do Rio Grande do Sul no 2º turno, com 57,12% dos votos • EVANDRO LEAL/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
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Jorginho Mello (PL) foi eleito governador de Santa Catarina no 2º turno, com 70,69% dos votos • Pedro França/Agência Senado
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Raquel Lyra (PSDB) foi eleita governadora de Pernambuco no 2º turno, com 58,70% dos votos • GENIVAL PAPARAZZI/ONZEX PRESS E IMAGENS/ESTADÃO CONTEÚDO
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João Azevêdo (PSB) foi reeleito governador da Paraíba no 2º turno, com 52,51% dos votos • RANIERY SOARES/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Eduardo Riedel (PSDB) foi eleito governador do Mato Grosso do Sul no 2º turno, com 56,90% • Reprodução/Instagram
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Fábio Mitidieri (PSD) foi eleito governador de Sergipe no 2º turno, com 51,70% dos votos • Billy Boss/Câmara dos Deputados
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Paulo Dantas (MDB) foi reeleito governador de Alagoas no 2º turno, com 52,33% dos votos • Assembleia Legislativa de Alagoas
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Jerônimo Rodrigues (PT) foi eleito governador da Bahia no 2º turno, com 52,79% dos votos • ROMILDO DE JESUS/Futura Press/Agência Estado
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