PT e PSB dizem que definição sobre palanques regionais será até 15 de junho
Prazo foi definido em reunião entre os presidentes partidários com Lula e Alckmin

A decisão de marcar o próximo dia 15 como data-limite para resolver impasses estaduais é resultado de um novo encontro entre a presidente do PT, Gleisi Hoffman e Carlos Siqueira, do PSB, em São Paulo. Avaliação de ambos é de que há risco da polarização nacional se refletir nos estados.
Os pré-candidatos do partido à Presidência, Lula e Alckmin, participaram do encontro, mas segundo auxiliares, deverão acompanhar o assunto com um pouco mais de distância, sem fazer pedidos diretos aos pré-candidatos a governo.
Atualmente, pelo menos quatro estados têm dois nomes de esquerda a governo: São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina — onde Lula e Alckmin deveriam pousar nesta semana. Agenda teria sido cancelada, segundo fontes, pelas divergências dos partidos aliados.
“Nós temos que resolver isso de forma sistêmica e integrada. Não tem como resolver um estado e não resolver outro. Nós queremos estar juntos em todos os estados”, disse Gleisi.
O caso mais emblemático é o de São Paulo, com Marcio França, do PSB, e Fernando Haddad, do PT, como pré-candidatos ao Palácio dos Bandeirantes. Uma reunião com França chegou a ser agendada na última quinta-feira para discutir o assunto com Lula e Alckmin. O encontro foi adiado por causa da morte do ex-prefeito de Campinas, o petista Jacó Bittar e ainda não tem nova data.
Carlos Siqueira, presidente do PSB, defende que a saída seja política. França tem sugerido que pesquisas indiquem o caminho. O PT resiste e pretende abrir um leque de opções para França abrir mão da disputa.
“A política é que tem que ter a precedência antes de tudo. Eu pessoalmente nunca defendi ideia de pesquisa. Apoiamos candidatos do PT onde o partido não está em primeiro lugar e achamos também que devemos fazer o que é importante politicamente para fortalecer nossa unidade”, disse Siqueira.
Gleisi e Siqueira acreditam que o assunto pode ser resolvido no diálogo com os pré-candidatos, mas divergem sobre o que fazer caso um candidato decida concorrer contra a vontade dos diretórios nacionais. O estatuto do PT indica que é possível demovê-lo da corrida, o PSB não poderia interferir.
Debate
A CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.
Fotos – Os pré-candidatos à Presidência
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília - 20/06/2022 • CLÁUDIO REIS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o candidato do PT • Foto: Ricardo Stuckert
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O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) tenta chegar ao Palácio do Planalto pela quarta vez • FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e é a candidata do MDB à Presidência • Divulgação/Flickr Simone Tebet
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Felipe d'Avila, candidato do partido Novo, entra pela primeira vez na corrida pela Presidência • ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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José Maria Eymael (DC) já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido • Marcello Casal Jr/Agência Bras
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Vera Lúcia volta a ser candidata à Presidência da República pelo PSTU. Ela já concorreu em 2018 • Romerito Pontes/Divulgação
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Leonardo Péricles, do Unidade Popular (UP), se candidata pela primeira vez a presidente • Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021
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Sofia Manzano (PCB) é candidata à Presidência da República nas eleições de 2022 • Pedro Afonso de Paula/Divulgação
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Senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), candidata à Presidência da República - 02/08/2022 • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Padre Kelmon (PTB) assumiu a candidatura à Presidência após o TSE indeferir o registro de Roberto Jefferson (PTB) • Reprodução Facebook