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    PT decide apoiar Pacheco no Senado e diz que Bolsonaro aliado não incomoda

    Candidato à presidência da Casa também conta com a simpatia de Jair Bolsonaro

    Chico Prado, da CNN, em Brasília 



     

     

    Em decisão unânime, os seis senadores do PT decidiram nesta segunda-feira (11) apoiar a candidatura de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) à presidência da Casa, nome defendido pelo atual presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP) e que também conta com a simpatia do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

    À CNN, o líder da bancada, Rogério Carvalho (PT-SE), disse que o histórico de Pacheco é suficiente para que os petistas confiem “na coerência do senador, condições dele para dirigir a Casa e independência com relação aos outros poderes.”

    Carvalho negou qualquer incômodo interno com o apoio de Bolsonaro a Pacheco, manifestado na última sexta-feira durante encontro com o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), um dos emedebistas cotados pelo partido para a disputa pela presidência.

    “Incomodaria a nós se as posições do Rodrigo (Pacheco) não guardassem coerência com a sua postura de vida, seu histórico como advogado e decisões (parlamentares). Independentemente de outros apoios (como o de Bolsonaro), não vamos viver um Fla-Flu eternamente.”

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    Rogério Carvalho afirmou que a decisão não foi tomada ainda na semana passada porque o senador emedebista Eduardo Braga (AM), que também é um dos nomes possíveis da legenda para tentar a presidência do Senado, pediu uma reunião. Mas segundo ele, Braga não estava na condição de pré-candidato, mas na de líder do MDB.

    O líder do PT admitiu que a participação do partido na Mesa Diretora e em comissões do Senado fez parte das negociações para o apoio à candidatura de Pacheco, mas disse que os espaços serão preenchidos respeitando a proporcionalidade.

    “(Isso) foi discutido mas vai ser abordado mais adiante.” O PT negocia espaços em comissões da Casa, entre eles a presidência da Comissão de Assuntos Sociais.

    Na semana passada, o senador Rodrigo Pacheco já havia conquistado o apoio do PSD, com 11 senadores, segunda maior bancada do Senado, do PROS e do Republicanos, cada um com 3 senadores. No caso do Republicanos, um dos senadores é Flávio Bolsonaro (RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro.

    Com o apoio do PT e contando com os votos do DEM, seu partido, Rodrigo Pacheco já conta com 28 senadores ao seu lado para as eleições de 1° de fevereiro.

    Em nota, o PT reforçou que o partido “tem bastante claro que a aliança com partidos dos quais divergimos politicamente, ideologicamente e ao longo do processo histórico se dá exclusivamente em torno da eleição da Mesa Diretora do Senado Federal, não se estendendo a qualquer outro tipo de entendimento, muito menos às eleições presidenciais.

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