PSDB vai às prévias em busca de um candidato e de unidade para 2022
João Doria, Eduardo Leite e Arthur Virgílio disputam o posto de candidato à presidência do PSDB no ano que vem
O PSDB pode conhecer seu potencial candidato à presidência neste fim de semana. Além da expectativa sobre quem deve chegar na frente nas prévias neste domingo (21), o partido tem outra preocupação: como a legenda sairá da disputa, mais unida ou fragmentada.
Durante o debate organizado pela CNN na quarta-feira (17), Arthur Virgílio, Eduardo Leite e João Doria fizeram questão de garantir união ao partido depois das prévias. Com relação aos favoritos, Leite disse que deve permanecer no partido mesmo se perder, e Doria garantiu que a disputa não tinha a ver com projetos individuais dos candidatos.
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Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul; João Doria, governador de São Paulo e Arthur Virgílio Neto, ex-prefeito de Manaus (AM), apresentam propostas e respondem questionamentos no debate mediado pela jornalista Carol Nogueira • Kelly Queiroz/CNN Brasil
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Pré-candidatos do PSDB à Presidência da República se enfrentam em um debate que pode definir quem será o candidato do partido que já governou o país por oito anos • Kelly Queiroz/CNN Brasil
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Pré-candidatos do PSDB à Presidência da República em debate exibido pela CNN Brasil na noite desta quarta-feira (17) • Kelly Queiroz/CNN Brasil
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Debate entre pré-candidatos do PSDB dá início à cobertura das eleições de 2022 • Kelly Queiroz/CNN Brasil
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Pré-candidatos do PSDB à Presidência da República em debate exibido pela CNN Brasil na noite desta quarta-feira (17) • CNN
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Políticos do PSDB em debate exibido pela CNN Brasil, na noite desta quarta-feira (17) • Kelly Queiroz/CNN Brasil
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A jornalista Carol Nogueira intermediou o debate entre os tucanos na noite desta quarta-feira (17) • Kelly Queiroz/CNN Brasil
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Debate entre pré-candidatos do PSDB à Presidência da República dá início à cobertura das eleições de 2022 • Kelly Queiroz/CNN Brasil
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Arthur Virgílio Neto, ex-prefeito de Manaus (AM), em debate exibido pela CNN Brasil em 17 de novembro de 2021 • Kelly Queiroz/CNN Brasil
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João Doria, governador de São Paulo, em debate exibido pela CNN Brasil em 17 de novembro de 2021 • Kelly Queiroz/CNN Brasil
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Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, em debate exibido pela CNN Brasil em 17 de novembro de 2021 • Kelly Queiroz/CNN Brasil
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Candidatos tucanos em debate exibido pela CNN Brasil • Kelly Queiroz/CNN Brasil
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Eduardo Leite, João Doria e Arthur Virígilo após debate no estúdio da CNN Brasil • Kelly Queiroz/CNN Brasil
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Debate entre pré-candidatos do PSDB foi intermediado pela jornalista Carol Nogueira • Kelly Queiroz/CNN Brasil
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Jornalista Carol Nogueira intermediou debate entre pré-candidatos do PSDB • Kelly Queiroz/CNN Brasil
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CNN dá início, em novembro, à cobertura especial das eleições 2022 • Kelly Queiroz/CNN Brasil
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Tucanos participam de debatem na noite desta quarta-feira (17), na sede da CNN em São Paulo • Kelly Queiroz/CNN Brasil
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Analistas da CNN Brasil participam de debate entre pré-candidatos do PSDB à Presidência • Kelly Queiroz/CNN Brasil
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Analistas da CNN Brasil participam de debate entre pré-candidatos do PSDB à Presidência • Kelly Queiroz/CNN Brasil
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Analistas da CNN Brasil participam de debate entre pré-candidatos do PSDB à Presidência • Kelly Queiroz/CNN Brasil
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Analistas da CNN Brasil participam de debate entre pré-candidatos do PSDB à Presidência • Kelly Queiroz/CNN Brasil
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A preocupação com uma fragmentação está relacionada ao caminho que a legenda tomou desde a candidatura de Jair Bolsonaro (sem partido), em 2018, quando o PSDB perdeu seu lugar cativo no segundo turno das eleições nacionais, que disputava desde 2002.
O PSL, até então legenda de Bolsonaro, ocupou o lugar e contou com o apoio de muitos membros do PSDB, entre eles, Doria e Leite.
Na última disputa presidencial, Geraldo Alckmin teve o pior desempenho do partido na história das eleições presidenciais desde 1994, quando o PSDB entrou no pleito nacional pela primeira vez. Em 2018, Alckmin teve cerca de 5% dos votos e ocupou o modesto quarto lugar na disputa.
Em busca dessa unidade para 2022, Arthur Virgílio pediu que nenhum dos candidatos saia do partido independentemente do resultado e negou que a realização dessas prévias possa acelerar um processo de racha.
Em coletiva no sábado (20), Doria procurou amenizar qualquer clima de tensão e disse que, se for vencedor, não descarta se juntar a outros candidatos para formar uma única chapa. Ele citou nomes como de Sergio Moro (Podemos-SP), Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) e Simone Tebet (MDB-MS) como possíveis aliados em 2022.
Mas, antes de aglutinar nomes de outras legendas em torno de uma eventual terceira via, o PSDB deve ter a preocupação de se manter coeso já na segunda-feira depois das prévias.
Essa é a mensagem que Leite tentou emplacar na semana decisiva para a escolha do nome, tentando colar em Doria uma imagem de desagregador, que foi atribuída ao governador de São Paulo por conta dos processos de prévias que enfrentou em 2016 e 2018, além da deterioração da relação com seu padrinho político, Geraldo Alckmin.
Segundo aliados de Alckmin, o ex-governador alega “falta de clima” para continuar na legenda para a disputa do ano que vem.
Neste sábado, o governador do Rio Grande do Sul disse que o PSDB vai decidir “se vai ser um partido do candidato ou se vai ter um candidato do partido”.
Pesquisas
As campanhas de Doria e Leite divergem com relação às pesquisas anteriores à eleição. A campanha de Doria aponta para uma vitória do governador de São Paulo com 65% dos votos válidos, o que o elegeria em primeiro turno.
Caso ninguém consiga a maioria, haverá um segundo turno no dia 28 deste mês com os dois mais bem colocados nas prévias.
Segundo as pesquisas encomendadas pela equipe de Doria, a vitória aconteceria em três dos quatro grupos de eleitores, com derrota ano grupo onde estão os maiores nomes do partido, entre eles, governadores, senadores e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Leite tem 30% das intenções de voto e Virgílio, 15% nas contas da campanha de Doria.
Nos cálculos de Leite e sua equipe, porém, o resultado é bem diferente. O governador do Rio Grande do Sul detém 50% da intenção de votos, e disse que a discrepância está relacionada à forma como a campanha de Doria calcula as intenções de voto, considerando apenas um quarto do eleitorado total do PSDB.
A campanha de Leite recebeu, na última-quinta-feira, um boletim da consultoria Eurasia Group que apontava uma pequena vantagem para Leite pelo fato de o gaúcho ter maior adesão entre os mandatários com maior peso de voto.
Até o início da noite de sábado, apenas 3% dos mais de 40 mil filiados do PSDB estavam inscritos para participar da eleição, e 90% disso era de membros do partido com mandato em exercício.
Um boletim da consultoria Eurasia Group, solicitado pela campanha de Leite e que foi obtido pela CNN, aponta que o governador do Rio Grande do Sul tem uma leve vantagem, mas que “Doria tem diminuído a vantagem nos últimos dias e a disputa se assemelha a um cara ou coroa”, diz o documento.