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    Programa de governo de Wilson Witzel fazia 32 menções à palavra corrupção

    Ex-juiz federal fez da luta contra a corrupção uma forte plataforma de campanha em 2018; ele foi afastado preventivamente do governo do Rio pelo STJ

    Stéfano Salles, da CNN, do Rio de Janeiro

    Depois de deixar a magistratura em 2018 para concorrer ao governo do estado, o então ex-juiz federal Wilson Witzel fez da luta contra a corrupção uma forte plataforma de campanha, em um Rio de Janeiro que enfrentava uma série de escândalos nas gestões de Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, ambos do MDB. No programa de governo do chefe do Executivo fluminense, hoje afastado preventivamente, há nada menos que 32 menções à palavra corrupção em suas 66 páginas. Em uma delas, a 13, a palavra chega a ser mencionada quatro vezes.

    O programa de governo tem um subcapítulo dedicado justamente ao combate à corrupção, o item 3.2, na página 13. Após uma análise detalhadas da crise de credibilidade enfrentada pela classe política, por causa do impacto da Operação Lava-Jato e dos escândalos de corrupção, o texto conclui, destacando a importância da credibilidade do governador que assumisse o estado para o quadriênio 2019-2022.

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    Wilson Witzel
    O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), em foto de arquivo
    Foto: Wilton Junior -26.dez.2019/Estadão Conteúdo

    “A credibilidade do próximo governador também será uma ferramenta importante e motivadora no combate à corrupção. Os servidores e a população podem ter a certeza de que o próximo governo será comprometido e firme neste combate e dará respaldo a todos os cidadãos que quiserem, verdadeiramente, acabar com essa chaga na nossa sociedade”, diz um trecho do documento.

    A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que afastou preventivamente o ex-juiz do Palácio Guanabara, vale por 180 dias e é oriunda da Operação Trins in Idem, desdobramento da Operação Placebo. O nome é uma referência ao fato de Witzel ser o terceiro governador do estado investigado por empregar esquemas ilegais para obtenção de algum tipo de vantagem. As duas operações estão relacionadas às investigações dos gastos da Saúde do Rio durante a pandemia de Covid-19.

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