Prisão de Zinho vira um capítulo, mas não encerra o processo, diz Cappelli à CNN
Secretário-executivo e número 2 do Ministério da Justiça também falou sobre a sucessão da pasta e o planejamento para o "festejo democrático" de 8 de janeiro de 2024
O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, falou à CNN nesta segunda-feira (25) sobre a prisão de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, considerado o miliciano mais procurado do Rio de Janeiro. O número 2 da pasta disse que a prisão é parte de um processo que está em curso.
Segundo Cappelli, por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministério vem tratando há um tempo o Rio de Janeiro como “prioridade máxima” na política de segurança pública. “Nós praticamos dobramos a capacidade de investigação da Polícia Federal no estado”, disse.
O Grupo de Investigações Sensíveis (GISE) chegou à investigação que culminou na prisão de Zinho, segundo o secretário.
“A Polícia Federal já vinha atuando. Ela atuou ainda há poucos dias com relação ao braço político dessa organização criminosa, ela vem fechando o cerco ao braço financeiro dessa organização criminosa, de forma que a prisão é parte de um processo que está em curso, que não se encerra com a prisão”.
A prisão do miliciano aconteceu após a Polícia Federal e o Ministério Público do Rio deflagrarem uma operação que teve como alvo a deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, a Lucinha (PSD), que integraria o braço político do grupo, na segunda-feira (18).
Conforme Cappelli, a organização “espalha terror” por cerca de um terço do território da cidade do Rio de Janeiro. Por isso, “com a prisão de Zinho, a gente vira um capítulo, mas não encerra o processo”. “Longe disso. O processo segue em curso porque não adianta você perder um líder, porque ele pode rapidamente ser substituído por outro que passa a ser o líder”.
“O centro é de desestruturar a coluna vertebral, financeira e política dessa organização criminosa”, ressaltou.
Sucessão na Justiça
Ricardo Cappelli é um dos cotados para assumir a chefia do Ministério da Justiça e Segurança Pública depois que o atual comandante da pasta, Flávio Dino, sair para ocupar o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele, porém, evitou fazer especulações sobre a sucessão.
“Essa uma decisão exclusiva do presidente da República. Eu tenho certeza que o presidente Lula, do alto da sua sabedoria, vai tomar as melhores decisões para o Brasil”, disse o secretário, sobre o assunto.
8 de janeiro
Cappelli também falou sobre o planejamento para o dia 8 de janeiro de 2024, quando se completará um ano da invasão da sede dos Três Poderes. Segundo ele, haverá um ato em Brasília para relembrar a “tentativa de golpe” na data.
O secretário disse que ainda não há nada definido sobre o que ele chamou de “festejo democrático”: “Nós faremos amanhã, às 10h, no Centro Integrado de Operações de Brasília, na Secretaria de Segurança Pública de Brasília, a primeira reunião com os chefes das seguranças dos Três Poderes e da segurança do Distrito Federal para organizar o esquema de segurança para o dia 8.”
(Publicado por Salma Freua)