Prisão de Braga Netto evita interferência na investigação, diz PGR
Ex-ministro foi detido na manhã deste sábado no âmbito da investigação que apura a elaboração de um plano de golpe de Estado após a eleição de 2022
A Procuradoria Geral da União (PGR) afirmou, em manifestação favorável à prisão preventiva do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro, que a medida evita interferências na investigação que apura a elaboração de um plano de golpe de Estado após o resultado eleitoral em 2022.
De acordo com a PGR, há provas suficientes “de autoria e materialidade dos crimes graves cometidos pelos requeridos”.
“A medida cautelar de prisão está fundamentada em elementos que demonstram risco concreto à ordem pública e à aplicação da lei penal, que indicam que as medidas cautelares diversas da prisão não se revelam suficientes.
Nesse contexto, a prisão preventiva requerida afigura-se como medida capaz de garantir a ordem pública, a aplicação da lei penal e a conveniência da instrução criminal, evitando-se a continuidade do esquema criminoso deflagrado e das interferências nas investigações, que seguem em curso”, afirmou o Procurador Geral da União, Paulo Gonet, no documento.
O ex-ministro foi detido na manhã deste sábado (14) no âmbito da investigação da Polícia Federal (PF) que apura a elaboração de um plano de golpe de Estado após a eleição de 2022.
A PF cumpriu dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar em Brasília e no Rio de Janeiro. Além de Braga Netto, os agentes também realizaram buscas contra o coronel da reserva Flávio Peregrino, auxiliar do general da reserva durante o governo de Bolsonaro.
De acordo com a investigação, Braga Netto atuaria como um articulador e responsável pela aprovação do plano. A PF aponta que a trama golpista teria ocorrido em uma reunião com militares em sua casa, em 12 de novembro de 2022.
A CNN procurou a defesa de Braga Netto, mas ainda não houve retorno.
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