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    Prioridade é aumentar orçamento para bolsas de pós-graduação, diz ministra à CNN

    Anunciada para  Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, Luciana Santos aposta em negociação com Congresso para conseguir recursos

    Leandro Resendeda CNN

    A futura ministra da Ciência e Tecnologia Luciana Santos trabalha para articular ainda neste ano no Congresso Nacional a recomposição orçamentária do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) para conseguir dar algum reajuste às bolsas pagas para estudantes de mestrado e doutorado no país. Os pesquisadores recebem R$ 1.500 (mestrado) e R$ 2.200 (doutorado) desde 2013.

    “A ação mais imediata é atuar desde agora junto ao Congresso Nacional para recompor os valores das bolsas. É observar o que a Lei Orçamentária colocou para pasta, pedir recursos aos parlamentares via emendas e negociar para que seja possível algum reajuste ainda em 2023”, afirmou a ministra à CNN nesta sexta-feira (23), um dia depois de ser anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo.

    De acordo com a Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), o valor das bolsas perdeu 70% do poder de compra nos últimos 10 anos, o que fez com que muitos pesquisadores desistissem de se dedicar à produção científica no país.

    Ex-deputada federal, ex-prefeita, vice-governadora de Pernambuco e secretária de Ciência e Tecnologia do governo Eduardo Campos no estado, Luciana Santos pretende retomar o protagonismo do setor após o que ela chamou de “desmonte orçamentário e negacionismo”.

    Para além das agendas junto ao setor, a ministra defende atuação integrada junto a Camilo Santana, da Educação, e Nísia Trindade, da Saúde. Ela diz que os primeiros dias de sua gestão como nomeada – até 1o de janeiro – devam ser focados em negociações com líderes do Congresso para, por exemplo, reverter os efeitos de um contingenciamento no Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

    “O Brasil não pode ficar com investimentos limitados no setor até 2026, que é como prevê uma Medida Provisória feita pelo atual governo”, afirmou.

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