PRF retoma investigação sobre blitze no 2º turno das eleições de 2022
Ex-corregedor havia arquivado parte da apuração, mas nova fireção vai manter o caso completo
A direção da Polícia Rodoviária Federal (PRF) anulou, nesta quarta-feira (19), o arquivamento de parte de investigações sobre a atuação da corporação no 2º turno das eleições de 2022.
Em 30 de outubro do ano passado, policiais rodoviários federais realizaram bloqueios em rodovias que afetariam a movimentação de eleitores numa disputa em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava à frente nas pesquisas contra o então presidente, Jair Bolsonaro (PL).
A investigação foi retomada porque a PRF encontrou lacunas técnicas na antiga investigação e fatos novos vinculados ao agora ex-corregedor da corporação, exonerado na semana passada.
A PRF chegou a fazer uma investigação interna sobre a atuação naquele domingo, mas o então corregedor-geral Wendel Benevides Matos – indicado pela gestão Bolsonaro, determinou o arquivamento parcial da apuração.
O argumento foi o de que não foram constatadas irregularidades em todas as regiões e apenas em cinco estados deveriam seguir com apurações sobre as blitze. A nova cúpula da PRF discorda e mantém a investigação completa, para apurar a atuação das blitze em todos os estados.
Nesse processo, Silvinei Vasquez, então diretor-geral da PRF e responsável pela operação com os bloqueios nas rodovias, é investigado. Segundo apurou a CNN, integrantes da nova cúpula afirmam acreditar que o ex-corregedor teria poupado o ex-diretor no processo.