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    Preterido em articulações para PGR e STF, PT pressiona para ficar com Justiça

    Segundo relatos feitos por líderes petistas à CNN, o partido “está em clima de velório”

    Clarissa OliveiraPedro Venceslauda CNN , em São Paulo

    Foi em clima de total decepção que o PT recebeu neste fim de semana a notícia de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria batido o martelo nos nomes de Flávio Dino e Paulo Gonet como indicados para ocuparem, respectivamente, uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF) e o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR).

    Segundo relatos feitos por líderes petistas à CNN, o partido “está em clima de velório”. E espera ser compensado.

    Antes mesmo de Lula oficializar as nomeações, líderes petistas já intensificavam as pressões para que a legenda fique com o comando do Ministério da Justiça.

    Uma alternativa seria Lula indicar para a vaga o advogado-geral da União, Jorge Messias, que perdeu para Dino a indicação para o STF.

    Mas outro nome próximo do partido seria suficiente para acalmar os ânimos. Corre por fora, por exemplo, o advogado Marco Aurélio Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas.

    As indicações para o STF e a PGR dominaram, por exemplo, as rodinhas no aniversário de 80 anos do ex-presidente do PT Rui Falcão, comemorado durante o fim de semana.

    As críticas foram intensas, segundo relatos, encampadas inclusive por nomes históricos da sigla. Estavam presentes no evento nomes como José Dirceu e José Genoino.

    Desceu mal no PT, também, a notícia de que a ministra do Planejamento, Simone Tebet, teria entrado na lista de cotados para a vaga. Petistas criticaram a possibilidade de Lula entregar a área de Segurança Pública à ministra.

    “Acho pouco provável que Lula entregue o comando das polícias a ela. Simone não é nossa, ela apenas está governando conosco”, disse uma fonte próxima das negociações.

    Petistas sabem que também terão de disputar com o PSB a indicação. O partido trabalha os nomes dos secretários Ricardo Capelli e Augusto de Arruda Botelho para a vaga.

    Em caso de bola dividida, a tendência é que seja retomada a defesa de uma cisão do ministério, separando Justiça e Segurança Pública. Até segunda ordem, entretanto, a ordem é tentar levar o ministério nos moldes atuais.

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