Pressão por sabatina de Mendonça não pode contaminar pauta do Senado, diz Pacheco
À CNN Rádio, presidente do Senado disse acreditar que haverá acordo e que sabatina acontecerá nas próximas semanas
Já são três meses desde que o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), indicou o ministro André Mendonça para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal). Desde então, a sabatina que deve ocorrer no Senado está travada pelo presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
À CNN Rádio, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que acredita que a sabatina acontecerá nas próximas semanas. “É fundamental que ela aconteça, é prerrogativa de Bolsonaro e atribuição constitucional do Senado avaliar.”
Pacheco se disse contra “agressões ou politizações de temas”, mas vê que, no momento, há “outros temas tão ou mais relevantes” do que o de Mendonça. “O Senado não pode sofrer retaliação, pressão, para contaminar a pauta, quero crer que vamos ultrapassar esse impasse.”
Pautas relevantes
Entre as pautas importantes, Pacheco citou a definição para o novo Bolsa Família, na medida em que o auxílio emergencial está se esgotando, as elevações do preço dos combustíveis e a reforma tributária. “Não podemos paralisar a pauta do Senado por conta de um episódio dessa natureza.”
Rodrigo Pacheco disse ainda que conversou com Alcolumbre para que haja “esforço conjunto, o quanto antes”. “Não podemos tratar essa como questão única e principal do país, porque não é.”
Pobreza menstrual
O presidente do Senado também afirmou que a questão da distribuição de absorventes para adolescentes e mulheres em situação de pobreza deve entrar na pauta do Senado.
O veto presidencial à matéria, para Pacheco, “é candidatíssimo à derrubada” na Casa, embora reforce que compreende as dificuldades de orçamento que o governo federal citou para justificar a decisão.
“Deve haver acordo para a derrubada, mas reconheço que temos que buscar fontes de recursos para custear, temos que garantir absorventes para essas mulheres, tem tanto dinheiro para tanta coisa, não é possível não ter para algo tão essencial.”