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    Presidente da CPMI vai priorizar convocação de financiadores do 8 de janeiro e dirigente da Força Nacional

    Deputado Arthur Maia diz que “não tem acordo” entre base e oposição sobre novos depoimentos

    Deputado Arthur Maia (União-BA) se queixa de falta de acordo entre governistas e oposição
    Deputado Arthur Maia (União-BA) se queixa de falta de acordo entre governistas e oposição Waldemir Barreto/Agência Senado

    Marina Demorida CNN

    Brasília

    O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos criminosos de 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), disse, nesta quinta-feira (21), que a votação de requerimentos prevista para a próxima sessão do colegiado, na semana que vem, deve priorizar a convocação de representantes da Força Nacional e de financiadores dos atos criminosos e dos acampamentos bolsonaristas instalados em Brasília após as eleições de 2022.

    “Nesta reta final temos que ouvir, além da Forca Nacional, os financiadores. Os financiadores ainda não vieram à CPMI e é importante. Existem alguns convocados e nós precisamos fazer com venham à CPMI para gente saber quem é que pagou os atos que aconteceram aqui no dia 8 de janeiro e os próprios acampamentos”, disse.

    Maia, que já se queixou anteriormente de não conseguir negociar com os parlamentares da base governista e da oposição, disse que “não tem acordo”, e que os requerimentos que serão pautados por ele serão votados em bloco.

    Ou seja, a aprovação ou rejeição valerá para todos os pedidos.

    Com o tempo apertado, o presidente disse que está disposto a aumentar o número de encontros semanais da comissão para colher os depoimentos necessários até o encerramento dos trabalhos, previsto para o dia 16 de outubro.

    A expectativa inicial era votar apenas mais seis requerimentos, mas o número de convocações pode ser maior.

    Entre os nomes que podem ser convocados estão:

    • Meyer Nigri, empresário, dono da construtora Tecnisa;
    • General Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa de Bolsonaro
    • Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro para assuntos internacionais, e que teria entregue ao ex-presidente minuta sobre intervenção no Tribunal Superior Eleitoral;
    • Almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha no governo Bolsonaro, citado por Mauro Cid em delação premiada.

    Na próxima terça-feira, além da sessão deliberativa de requerimentos, está previsto o depoimento de Walter Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro.

    A oitava do militar estava agendada para o começo de setembro, mas acabou sendo adiada a pedida da relatora Eliziane Gama.

    A senadora pediu mais tempo para analisar novos elementos revelados após operação da Polícia Federal que teve Braga Netto como alvo de busca e apreensão, por suposto envolvimento em um esquema de superfaturamento na compra de coletes balísticos no Rio de Janeiro.

    Veja também: STF decide que assessor de Bolsonaro não é obrigado a depor na CPMI do 8/1