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    Barroso diz que STF precisa voltar a ser “menos proeminente” o mais rápido possível

    Em evento nos EUA, ministro cita 8 de janeiro e diz, no entanto, que o STF não pode fingir que o 8 de janeiro não aconteceu

    Gabriel Vasconcelos, do Estadão Conteúdo

    O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse neste sábado (6) que o Brasil precisa voltar a ter uma Suprema Corte “menos proeminente” o mais rápido possível, embora seja necessário prosseguir com os processos contra a tentativa de golpe e invasores da Praça dos Três Poderes, no 8 de janeiro, “por um pouco mais de tempo”.

    Barroso fez as afirmações em uma mesa de perguntas e respostas ao lado do cientista político norte-americano Steven Levitsky. Eles participaram do “Brazil Conference at Harvard & MIT”, evento organizado por pesquisadores brasileiros em Boston, nos Estados Unidos.

    “Precisamos voltar a um STF que seja menos proeminente o mais rápido possível. Mas não podemos fingir que essas coisas (invasão da Praça dos Três Poderes) não aconteceram”, disse Barroso.

    O presidente do Supremo avaliou o processo como um meio para que outras pessoas não acreditem que possam repetir os ataques. “Infelizmente, ainda precisamos seguir nesses processos por um pouco mais de tempo”, completou.

    Em seguida, Barroso disse que uma sociedade que precisa de pacificação, os processos geram tensão e que seria desejável veredictos mais rápidos, que respeitassem o Estado de Direito. “Mas aí surgiram investigações mostrando que estávamos mais perto de um golpe de Estado do que imaginávamos”, continuou.

    Nas palavras de Barroso, entre o fim de 2022 e o dia 8 de janeiro de 2023, o país e as instituições democráticas ficaram “por um triz”.

    “Chegamos muito perto do impensável no Brasil. Estávamos mais próximos ao colapso do que achávamos, constatamos agora”, disse o presidente do STF.

     

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