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    Eleições 2022

    Pré-candidatos à Presidência falam sobre PEC que reconhece o estado de emergência no país

    Aprovada no Senado, Proposta de Emenda à Constituição prevê pacote de R$ 41 bilhões em auxílios; Partido Novo aponta que norma poderia burlar legislação eleitoral

    Gabriela GhiraldelliSalma Freuada CNN

    Na última quinta-feira (30), o Senado aprovou a nova versão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Combustíveis, que prevê o reconhecimento do estado de emergência no país e um pacote de R$ 41,25 bilhões em auxílios.

    A proposta cria auxílio de R$ 1 mil a caminhoneiros e outro sem valor definido para taxistas. Além disso, eleva o Auxílio Brasil para R$ 600 mensais e aumenta o vale-gás para cerca de R$ 120 bimestrais. Atualmente, os valores são de R$ 400 e R$ 53, respectivamente. As medidas da PEC seriam válidas até 31 de dezembro deste ano.

    O texto ainda direciona uma verba de R$ 500 milhões para o Alimenta Brasil. O programa visa ampliar o acesso à alimentação por meio da compra da produção de pequenos agricultores e povos indígenas pelo governo federal.

    No Senado, o projeto obteve apoio de representantes do governo e da oposição. Entre os partidos dos pré-candidatos, os senadores de PL, PT, PDT, União Brasil e MDB, incluindo Simone Tebet, votaram a favor da proposta. Apenas José Serra (PSDB) votou contra.

    Caso a proposta também passe na Câmara dos Deputados, o Partido Novo deve contestá-la com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF).

    A CNN perguntou aos pré-candidatos à Presidência da República o que eles pensam sobre a proposta que reconhece o estado de emergência no país.

    Confira abaixo as respostas:

    Luiz Inácio Lula da Silva (PT):

    O povo precisa de auxílio, após o desastre de três anos e meio de governo Bolsonaro, que não resolveu nenhum problema do país, só agravou a situação do Brasil com sua incompetência. O programa é uma medida eleitoreira de Bolsonaro, claramente contra a lei, que não vai enganar o povo brasileiro. O PT defende um auxílio de 600 reais desde 2020.

    Jair Bolsonaro (PL):

    O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.

    Ciro Gomes (PDT):

    O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.

    André Janones (Avante):

    O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.

    Simone Tebet (MDB):

    A pré-candidata não respondeu até o momento da publicação.

    Felipe d’Avila (Novo):

    Esse possível “estado de emergência” é um absurdo. A emergência é uma só: a eleição em outubro. Auxiliar os mais pobres é uma necessidade. Mas existe o jeito certo e o jeito errado de fazer isso. O jeito certo é cortar gastos, respeitar a responsabilidade fiscal e desenhar programas focalizados e eficazes. O jeito errado é essa proposta do governo, que coloca em risco o futuro em nome do benefício eleitoral imediato. Essa proposta eleitoreira deve ser rejeitada.

    Luciano Bivar (União Brasil):

    O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.

    Vera Lúcia (PSTU):

    A pré-candidata não respondeu até o momento da publicação.

    Pablo Marçal (Pros):

    Precisamos separar duas questões aqui. Uma é a necessidade de ampliação dos programas sociais para controlar o preço dos combustíveis e enfrentar a inflação sobre a cesta básica, socorrendo de alguma forma os 33 milhões de brasileiros empurrados para a miséria no meio da polarização. O preço da polarização é irmos de um extremo ao outro, da esquerda pra direita e da direita pra esquerda, mantendo o povo no mesmo lugar, com fome e sem emprego.

    Outra coisa é precisarmos às vésperas da eleição de uma PEC para declarar estado de emergência, driblando a legislação eleitoral. A necessidade e o interesse dos brasileiros foi reconhecido pelo Senado Federal na expressiva votação à favor da PEC com apenas um voto contrário nos dois turnos. O problema é a falta de planejamento e articulação do governo para uma política pública eficaz no combate ao problema da alta dos combustíveis e da inflação desgovernada. Toda emergência, quando previsível ou pior, amplamente conhecida, é fruto do despreparo e da falta de planejamento. Outros países mantiveram as políticas públicas adotadas durante a pandemia no período posterior porque era óbvio que haveria um impacto sobre a inflação.

    A Ucrânia foi invadida pela Rússia em 24 de fevereiro e só descobrimos o potencial efeito nocivo sobre a economia e a inflação agora, dia 30 de julho, com a votação da PEC. O Brasil precisa de ações e articulação do governo em prol dos brasileiros, não do projeto de reeleição do presidente.

    José Maria Eymael (DC):

    Não há como deixar de reconhecer a tragédia da fome no Brasil, que põe em risco a vida de milhões de brasileiros. Por outro lado, impõe-se assinalar que essa tragédia é decorrência de um governo federal errático e incapaz de trilhar os caminhos do desenvolvimento.

    Sofia Manzano (PCB):

    A pré-candidata não respondeu até o momento da publicação.

    Leonardo Pericles (UP):

    O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.

    Debate

    CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.

    Fotos – Os pré-candidatos à Presidência

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