Pouco tempo de análise para aprovar minirreforma eleitoral preocupa, diz cientista política
À CNN Rádio, Graziella Testa afirmou que temas que integram o projeto são muito diferentes entre si
O “maior problema” do projeto da minirreforma eleitoral – que teve o texto-base aprovado pela Câmara do Deputados na quarta-feira (13) – é o “pouco tema de análise para temas tão diferentes entre si.”
Esta é a avaliação da doutora em ciência política e professora da FGV Graziella Testa, à CNN Rádio.
À CNN Rádio, ela afirmou que “o nome é ‘mini’, mas há impacto grande no produto final das eleições.”
Entre as mudanças propostas, estão a formação de federações partidárias, prestação de contas, propaganda eleitoral, regras do sistema eleitoral, registro de candidatura, financiamento de campanha, inelegibilidade, e violência política contra a mulher.
Segundo Graziella, é difícil avaliar se o projeto, no final das contas, será positivo ou negativo.
No entanto, ela reforça que, devido à pressa, existe a possibilidade de as regras serem ruins, o que levaria a uma judicialização ou “piora para todas as partes.”
“Neste momento, a celeridade é ruim para o grau da mudança e complexidade dos assuntos”, completou.
Veja mais – Análise: O que muda com a minirreforma eleitoral
Para a votação ser concluída, os deputados precisam aprovar os destaques, que são as sugestões de alteração do texto principal, o que deve acontecer nesta quinta-feira (14).
O texto precisa ser sancionado pelo Presidente Lula até o dia 6 de outubro para valer para as eleições municipais de 2024.
*Com produção de Isabel Campos