Posse de Zanin é comemorada por lulistas e marca encontro de possíveis novos ministros do STF
A interlocutores, Lula tem defendido a escolha de ministros de confiança, livre de comprometimento com qualquer grupo, seja de categorias jurídicas a causas sociais
A posse do advogado Cristiano Zanin como ministro do Supremo Tribunal Federal foi tomada por um clima de comemoração por integrantes e aliados do governo Lula. De político preso a presidente mais uma vez, Lula participou sentado em lugar de honra da cerimônia que formalizou a ida de seu advogado na Lava Jato ao posto de ministro da Suprema Corte.
Uma cena que marca uma guinada histórica da relação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o Poder Judiciário.
“Muito bom viver esse momento histórico. O mundo não gira, o mundo capota. Ele (Lula) estava sentado ali, do lado da presidente (Rosa Weber) do lugar que deixou ele preso”, afirmou à CNN, o petista Jorge Viana, hoje presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).
Em 2018, boa parte dos ministros que participaram da cerimônia de Zanin votou contra tese do então advogado de Lula para impedir a prisão dele e sua retirada da corrida eleitoral. Cinco anos depois, e uma tentativa de golpe de Estado no meio do caminho, o plenário recebeu mais de 800 pessoas para dar posse a Zanin como ministro. Entre os convidados, muitos cotados para segunda vaga de ministro que Lula poderá indicar em outubro, com a aposentadoria de Weber.
Estiveram presentes o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Bruno Dantas; o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino; o advogado-geral da União, Jorge Messias, o ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida; e vários ministros do Superior Tribunal de Justiça também cotados. No grupo de mulheres “supremáveis”, estiveram a promotora baiana Lívia Sant’Anna Vaz, que é negra; a ministra Regina Helena Costa, do STJ e Simone Schreiber, desembargadora do Tribunal Regional Federal da 2* Região (TRF-2).
Entre os convidados, a maior aposta era de que o nome para segunda vaga certamente passou pelo STF, nesta quinta-feira, para participar da cerimônia de posse de Zanin.
A interlocutores, Lula tem defendido a escolha de ministros de confiança, livre de comprometimento com qualquer grupo, seja de categorias jurídicas a causas sociais.