Por 2022, Lula tentará reconstruir pontes com segmento militar
Segundo aliados do petista, a ideia inicial é marcar encontros com generais da reserva

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia marcar encontros com generais da reserva para tentar diminuir resistência ao seu nome. Lula atuará para reconstruir pontes com aqueles que são vistos por muitos como pilares de sustentação do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Segundo aliados do petista, a ideia inicial é marcar encontros com generais da reserva. Em um primeiro momento, isso se daria através de aproximação com militares que exerceram postos de destaque durante os governos petistas.
O esforço de Lula tem sido o de tentar reduzir o incômodo ao nome dele na cúpula das Forças Armadas, que, segundo militares do governo, criou resistências ao petista após a criação da Comissão da Verdade, durante o governo Dilma Rousseff (PT).
A ideia esboçada é que o movimento de aproximação seja conduzido por nomes como Jaques Wagner, Celso Amorim e Nelson Jobim, que foram ministros da Defesa durante gestões do partido.
À CNN, Jaques Wagner ressaltou a importância do segmento militar. O senador não confirmou a estratégia, mas enfatizou que é natural Lula buscar conversas.
“É um segmento importante para a sociedade, fundamental para a garantia da soberania nacional, portanto, é absolutamente natural que o ex-presidente busque essas conversas, principalmente para desfazer preconceitos”, disse.
Apesar do incômodo em relação à Comissão da Verdade, militares do governo reconhecem que a gestão de Lula reaparelhou as Forças Armadas, com a compra de aeronaves e submarinos.
Além do segmento militar, o petista também pretende fazer aceno ao movimento evangélico. Ele tem discutido a elaboração de uma carta pública, colocando-se à disposição para o diálogo.
A proposta discutida é de que o documento saliente a importância das medidas de isolamento social, diante da pandemia do novo coronavírus, e defenda a solidariedade às populações vulneráveis.
