Planalto orientou Queiroga e CGU a evitar cancelamento da Covaxin
O meio termo encontrado foi a suspensão, e não cancelamento, do contrato com a Precisa Medicamentos para compra da vacina indiana
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O Palácio do Planalto orientou o Ministério da Saúde a não tomar nenhuma medida drástica sobre o contrato do governo com a Precisa Medicamentos para aquisição da vacina indiana Covaxin.
O desejo do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, desde o início, era cancelar o contrato em razão da não-entrega das vacinas, mas interlocutores do presidente Jair Bolsonaro avaliaram que ainda assim poderia ser um “atestado de corrupção”.
A própria defesa da Precisa Medicamentos e do seu presidente, Francisco Maximiano, também era contrária ao cancelamento pelos mesmos motivos.
![Ministro Wagner Rosário (à dir.) esteve em cerimônia no Planalto Ministro Wagner Rosário (à dir.) esteve em cerimônia no Planalto](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2021/08/43768_0AF4013B766D91B5.jpg)
A solução encontrada foi o meio termo pela suspensão, e não cancelamento, a partir de uma investigação preliminar da Controladoria-Geral da União. Com isso, o governo tenta organizar sua defesa tendo em vista as sucessivas mudanças de versões sobre a contratação.
Tanto que a justificativa da suspensão ignora os indícios de irregularidades. Oficialmente, o ministério fala que “não há irregularidades no contrato, mas, por compliance, optou por suspender o contrato para uma análise mais aprofundada do órgão de controle”.
![Marcelo Queiroga, ministro da Saúde Marcelo Queiroga, ministro da Saúde](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2021/08/40843_E20AF21366E7CC1F-1.jpg)