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    Planalto orientou Queiroga e CGU a evitar cancelamento da Covaxin

    O meio termo encontrado foi a suspensão, e não cancelamento, do contrato com a Precisa Medicamentos para compra da vacina indiana

    Caio Junqueirada CNN

     O Palácio do Planalto orientou o Ministério da Saúde a não tomar nenhuma medida drástica sobre o contrato do governo com a Precisa Medicamentos para aquisição da vacina indiana Covaxin.

    O desejo do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, desde o início, era cancelar o contrato em razão da não-entrega das vacinas, mas interlocutores do presidente Jair Bolsonaro avaliaram que ainda assim poderia ser um “atestado de corrupção”.

    A própria defesa da Precisa Medicamentos e do seu presidente, Francisco Maximiano, também era contrária ao cancelamento pelos mesmos motivos.

    Ministro Wagner Rosário (à dir.) esteve em cerimônia no Planalto
    Ministro Wagner Rosário (à dir.) esteve em cerimônia no Planalto nesta terça
    Foto: Isac Nóbrega/PR

     

    A solução encontrada foi o meio termo pela suspensão, e não cancelamento,  a partir de uma investigação preliminar da Controladoria-Geral da União. Com isso, o governo tenta organizar sua defesa tendo em vista as sucessivas mudanças de versões sobre a contratação. 

     

    Tanto que a justificativa da suspensão ignora os indícios de irregularidades. Oficialmente, o ministério fala que “não há irregularidades no contrato, mas, por compliance, optou por suspender o contrato para uma análise mais aprofundada do órgão de controle”.

    Marcelo Queiroga, ministro da Saúde
    Marcelo Queiroga, ministro da Saúde
    Foto: Myke Sena/MS