Planalto intensifica ofensiva para atrair MDB e cogita ministério para Temer
Integrantes do Palácio do Planalto negociam com o MDB apoio para a candidatura do líder do Progressistas, Arthur Lira (AL), à presidência da Câmara
![Ex-presidente Michel Temer pode ser indicado como <span style="color: rgba(0, 0, 0, 0.85); font-size: 16px;">ministro das Relações Exteriores</span> Ex-presidente Michel Temer pode ser indicado como <span style="color: rgba(0, 0, 0, 0.85); font-size: 16px;">ministro das Relações Exteriores</span>](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2021/06/11433_063CF2C1580ACD9A.jpeg?w=1220&h=674&crop=1)
Integrantes do Palácio do Planalto intensificaram, nos últimos dias, a ofensiva para atrair o apoio de deputados do MDB à candidatura do líder do Progressistas, Arthur Lira (AL), à presidência da Câmara e para firmar a legenda na base aliada do governo.
Hoje, os emedebistas compõem, em tese, o grupo do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), adversário de Lira. O presidente nacional e líder do MDB na Casa, Baleia Rossi, é um dos que se articulam para ser o candidato de Maia na disputa.
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Para tentar fisgar os emedebistas, integrantes do Planalto passaram a procurar deputados da sigla. Na negociação, oferecem liberação de emendas parlamentares do Orçamento e apadrinhamento de recursos e obras tocadas por ministérios.
Temer ministro
Em outra linha, militares do governo Bolsonaro acenam ao MDB com a possibilidade de o ex-presidente Michel Temer, uma das principais lideranças do partido, ser indicado ministro das Relações Exteriores no lugar de Ernesto Araújo.
A avaliação de generais é de que a nomeação de Temer ajudaria não só a amarrar o MDB na base aliada do governo, como a aproximar o Brasil do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, com quem Temer teria uma boa relação.
Aliados articulavam um almoço entre Bolsonaro e Temer com a comunidade libanesa nesta terça-feira (15), em São Paulo. A convite de Bolsonaro, o emedebista liderou a missão que levou ajuda humanitária ao Líbano em agosto. O encontro, porém, acabou adiado para janeiro por problemas no local em que ocorreria.
Recentemente, ofensiva do Planalto conseguiu que o Republicanos abandonasse o grupo de Maia e lançasse candidatura independente de seu presidente nacional, deputado Marcos Pereira (SP), ao comando da Câmara na disputa de 1º de fevereiro.
Interlocutores e aliados de Temer disseram à CNN que o ex-presidente não recebeu convite formal do Planalto para assumir um ministério e que só deve se pronunciar sobre o assunto caso haja algo concreto.
Procurado oficialmente, o Planalto ainda não respondeu.