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    Planalto e STF ensaiam trégua até 7 de setembro

    O Palácio do Planalto e o STF colocaram as manifestações do dia 7 de setembro como determinantes para que a crise entre os Poderes perca força ou chegue a níveis incontornáveis

    Caio Junqueira

    O Palácio do Planalto e o STF (Supremo Tribunal Federal) colocaram as manifestações do dia 7 de setembro como determinantes para que a crise entre os Poderes perca força ou chegue a níveis incontornáveis.

    O novo encontro entre os chefes de Poderes, por exemplo, que vem sendo articulado pela ala política do governo e pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), está suspenso e depende do que ocorrer no 7 de setembro.

    No Planalto a expectativa é a de que ela será, segundo um interlocutor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), grande e, justamente por isso, com consequências imprevisíveis.

    As áreas de inteligência do governo já monitoram possíveis problemas. Uma informação que chegou ao governo é a de uma possível migração de grupos de direita para a embaixada da China em Brasília. Outra a de infiltrados antibolsonaristas para criarem conflitos contra os apoiadores do presidente.

    Há grupos mais radicais que têm exigido mais atenção, mas, ao menos até agora, por eventual comportamento individual.

    Arrefecimento

    Até lá, o presidente tem sido orientado a arrefecer. Interlocutores de Jair Bolsonaro disseram à CNN que ele, por exemplo, suspendeu a apresentação do pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso.

    A avaliação é a de que o embate com Barroso diminuiu e o próprio ministro do STF também, na avaliação de assessores presidenciais, recuou.

    A expectativa é a de que ele também não reaja à decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de arquivar o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes protocolado por ele.

    Um dos principais argumentos utilizados pela ala política do governo com ele é que a instabilidade política diminui suas chances de reeleição. Nessas conversas, o presidente reage e tem dito, segundo seus assessores, que é o STF que o tem provocado.

    O STF também coloca também o 7 de setembro como crucial para um retorno do diálogo. A avaliação é que, se as manifestações forem pacíficas e não resultarem em atos de beligerância contra a Corte, tanto no discurso quanto em ameaças a sua sede em Brasília, estará dado o passo para a retomada do diálogo. Até lá, contudo, as conversas com Bolsonaro estão suspensas.

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