Planalto acena com compensações a Daniela Carneiro e Waguinho pela troca no Turismo
Estão em jogo indicações de cargos em órgãos federais no Rio de Janeiro — reduto eleitoral de Daniela e do marido dele, Waguinho Carneiro —, e mais manifestações de apoio do governo federal
Integrantes do governo Lula negociam compensações com o grupo político da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, diante da possível troca no comando da pasta na semana que vem.
Ela era da cota do União Brasil, mas, desde que pediu para se desligar do partido, passou a ter sua permanência no cargo questionada por lideranças da legenda.
Estão em jogo indicações de cargos em órgãos federais no Rio de Janeiro — reduto eleitoral de Daniela e do marido dele, Waguinho Carneiro —, e mais manifestações de apoio do governo federal.
O casal garantiria, por exemplo, a escolha de nomes para diretorias na área de portos e em hospitais federais.
Para lideranças na Câmara, a mudança do nome de Daniela pelo do deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA), para o ministério do Turismo, é “irreversível”. Entre esses líderes, ouvidos pela CNN, também há governistas. Mas a definição oficial deve sair somente na próxima semana.
O apelo de Waguinho para que sua esposa não perca a cadeira de ministra, durante entrevista à CNN na quinta-feira (8), chegou a ser classificado de “desespero” por governistas que acompanham o Turismo de perto.
O prefeito afirmou que os defensores da mudança “querem encher o ministério de bolsonaristas para mais na frente enfraquecer o presidente Lula”, em referência à cúpula do União Brasil.
Waguinho comanda uma das forças políticas no Rio, com adesão expressiva de evangélicos e da população mais carente.
O capital político dele somou votos que ajudaram na disputa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nas eleições de 2022.