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    Planalto abre mão de veto e Congresso garante R$ 3,6 bi em emendas; valor inicial era de R$ 5,6 bi

    Em sessão conjunta, parlamentares derrubaram parcialmente veto do presidente Lula ao repasse de emendas de comissão

    Mayara da PazRebeca Borgesda CNN , Brasília

    Após meses de negociações, o Congresso Nacional decidiu, nesta quinta-feira (9), derrubar parcialmente o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à reserva de R$ 5,6 bilhões do Orçamento para emendas parlamentares de comissão.

    Com a derrubada parcial do veto, os deputados e senadores cederam às negociações com o Palácio do Planalto e garantiram R$ 3,6 bilhões para emendas de comissão, que serão direcionadas à Câmara e ao Senado.

    Com isso, o dispositivo vai à promulgação. A votação ocorreu após acordo entre líderes partidários da Câmara e do Senado.

    Entenda

    Em janeiro, Lula barrou essa transferência de recursos ao Congresso, o que desagradou os parlamentares.

    Essa modalidade de emenda não é impositiva, ou seja, não é obrigatória e, por isso, não existe uma reserva específica desses recursos no Orçamento.

    No Congresso, os parlamentares inflaram as emendas de comissão, que passaram a ser de R$ 16,6 bilhões. Com o corte do governo, o valor caiu para R$ 11 bilhões. No ano passado, o valor destinado a esse tipo de emenda foi de R$ 6,9 bilhões.

    Nos últimos dias, o Palácio do Planalto disse que aceitaria recompor um valor menor para essa modalidade de emenda.

    Congresso tem a palavra final sobre vetos

    Quando a Câmara dos Deputados e o Senado federal aprovam uma proposta, o texto é encaminhado à Presidência da República, que analisa se ele pode se tornar lei para que, então, passe a ter vigência.

    Cabe ao presidente da República sancionar ou vetar uma proposta de forma integral ou apenas sancionar uma parte e rejeitar as demais.

    O veto presidencial, porém, precisa ser analisado pelo Congresso durante uma sessão conjunta. Nela, deputados e senadores decidem se derrubam ou se mantêm o veto do governo.

    Após a decisão do Parlamento, os dispositivos mantidos ou vetados são promulgados.

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