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    PL quer relatoria de proposta que limita uso de inteligência artificial em 2024

    Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deve dar uma resposta ao partido do ex-presidente Jair Bolsonaro em fevereiro, após o fim do recesso parlamentar

    Basília Rodriguesda CNN

    Brasília

    Apesar de fazer oposição ao projeto de lei contra as fake news, o Partido Liberal (PL) quer assumir a relatoria de outra proposta sobre o uso da inteligência artificial nas eleições municipais de 2024. O tema é considerado uma das prioridades do Congresso neste ano.

    O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que reúne a maior bancada da Câmara, pediu ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para escolher o relator do texto, que tratará do combate à manipulação de imagens de políticos nestas eleições. Lira deve dar uma resposta em fevereiro, após o fim do recesso parlamentar.

    A avaliação de integrantes do PL é de que, diante do interesse do comando da Câmara em aprovar alguma proposta sobre a inteligência artificial, a matéria tem que levar a digital da direita.

    O deputado Kim Kataguiri (União-SP) é autor de um texto sobre esse assunto. A proposta dele criminaliza a chamada “deep fake”, que seria a criação de vídeos a partir de IA que reproduzem a aparência, as expressões e a voz de algum candidato. A punição é de 2 a 4 anos e multa de R$ 15 mil a R$ 50 mil.

    Na justificativa do texto, há inclusive críticas às fake news. “As consequências das fake news na vida dos indivíduos são imensuráveis e incontroláveis”.

    Para o deputado Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ), que também integra a Mesa Diretora da Casa, o texto combate o problema sem avançar sobre o uso generalizado da internet.

    “A esquerda quer censurar as redes sociais, não vamos cair nessa arapuca. Nós precisamos ter responsabilidade para controlar a IA (Inteligência Artificial) e o projeto do Kim Kataguiri com um bom relator pode resolver o problema, sem nenhuma censura nas redes, pra isso precisamos de um relator anti censura”, afirmou à CNN.