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    PL do Aborto: Pacheco diz que “cabe ao outro lado” ampliar debates

    Comentário foi feito ao ser questionado após polêmica em audiência pública a respeito do aborto legal

    Taísa Medeirosda CNN Brasília

    Na esteira da polêmica audiência pública para debater a assistolia fetal, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), rebateu alegando que “cabe ao outro lado” trazer representantes para ampliar o debate.

    O presidente explicou que o requerimento de sessão de debate temático é feito por um ou mais senadores, que define os participantes.

    “Cabe a quem pensa diferente fazer o mesmo requerimento ou um adendo de convidados a esses pedidos”, disse Pacheco.

    Se não houver essa atenção da outra parte, de que precisa debater também, levando especialistas que pensem de modo diferente, pode acontecer de sessões de debate que sejam monotemáticas, que tenham um único lado a ser exposto.

    Rodrigo Pacheco

    Pacheco reconheceu que tal formato, sem apresentação de contraponto, “não é o ideal”. A audiência pública em questão foi realizada a pedido do senador Eduardo Girão (Novo-CE) no último dia 17.

    O presidente ainda afirmou que não há o que possa fazer para evitar esse tipo de situação. “O ideal é que em um debate sobre aborto, drogas, jogos, economia, matéria tributária, qualquer tema, tenham lados diferentes, que sejam representados segmentos, instituições. Mas pode acontecer se não houver interesse de ambos os lados participarem”, argumentou.

    Mal-estar

    Nos bastidores, a atuação da contadora de histórias Nyedja Gennari, que narrou um texto fictício sobre um suposto feto no dia em que foi submetido ao procedimento de assistolia fetal, foi mal recebida pelo presidente da Casa.

    Segundo apurou a CNN, o presidente do Senado se irritou também com a falta de diversidade de opiniões na audiência para debater todas as correntes, a legislação vigente e, sobretudo, a posição das senadoras.

    Ao saber do mal-estar nos bastidores pela falta de contraponto no debate, o senador Girão também se manifestou, ainda no dia da audiência. “Não tem motivo nenhum [para crítica de Pacheco] porque aqui é uma Casa da liberdade. Quantas sessões presididas por Pacheco nós já presenciamos músicas e artistas. Ela expressou, através da livre manifestação artística, o que acontece na assistolia fetal. Não vejo motivo para essa polêmica”, afirmou Girão, na ocasião.

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