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    Pimenta nega existência de “gabinete da ousadia” ligado ao Planalto

    Oposição acusa governo Lula de utilizar estrutura para atacar adversários políticos e divulgar notícias falsas

    Rebeca Borgesda CNN , Brasília

    O ministro Paulo Pimenta (Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul) negou, nesta segunda-feira (17), a existência do chamado “gabinete da ousadia”, que seria usado para divulgar notícias falsas e atacar adversários políticos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    A estrutura, que o governo nega existir, encontraria paralelo com o chamado “gabinete do ódio”, que seria usado pelo então governo de Jair Bolsonaro (PL) para atacar inimigos e adversários.

    Na última semana, Pimenta, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), foi criticado pela oposição ao governo Lula no Congresso Nacional. Deputados e senadores chegaram a pedir a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o caso.

    “Não existe nem nunca existiu ‘gabinete’ nenhum envolvendo governo e comunicadores de esquerda para fazer luta política ou algo parecido. É uma tentativa irresponsável de igualar um esquema criminoso de produção industrial de mentiras e desinformação com opinião de ativistas digitais progressistas”, publicou Pimenta no X (antigo Twitter).

    Oposição aciona TCU

    Em entrevista à CNN na última semana, o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), defendeu a investigação do suposto “gabinete da ousadia”. O parlamentar afirma que é caso de desvio de recurso público. Ao mesmo tempo, o senador revela a tese de que, para ele, desinformar não é crime.

    “Esse grupo que atua nas sombras do Palácio (…) A confusão do que é crítica, de que desinformação não é crime. O crime é calunia, difamação. Desinformação se combate com mais informação. Se fosse crime, o Lula deveria ser criminalizado.”

    Em uma representação ao Tribunal de Contas da União (TCU), o senador acusa o governo federal de supostas irregularidades e desvio de finalidade, por utilizar recursos públicos para fins partidários.

    “Peticionei [a representação] junto ao TCU, não porque eu quero que ninguém seja investigado porque está desinformando; a nossa ação é no sentido de que o TCU verificasse se essa estrutura que tá sendo utilizada com dinheiro público, em local público, não destoa da finalidade da Secom [Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República]”, afirmou o senador ao CNN Entrevistas.

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