PGR rejeita abrir inquérito contra Bolsonaro por cheques de Queiroz
Augusto Aras afirmou ao STF que não há evidências de envolvimento do presidente no caso em que ex-assessor foi denunciado
O procurador-geral da República, Augusto Aras, rejeitou um pedido feito ao Supremo Tribunal Federal (STF) para abertura de inquérito por peculato contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
A notícia-crime foi enviada por um cidadão ao STF com base nas notícias sobre cheques depositados pelo ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz para a primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O parecer de Aras será analisado pelo relator do caso no Supremo, o ministro Marco Aurélio Mello. No entanto, como o Ministério Público é o titular da ação penal, é muito raro que o Poder Judiciário vá no sentido oposto.
O procurador-geral afirmou ao STF que a notícia-crime se limita a levar à Justiça fatos divulgados no noticiário e que é “notório” que Queiroz foi denunciado em inquérito que apura “supostas relações espúrias” entre ele e o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente da República.
Augusto Aras, no entanto, afirma que “inexiste notícia, porém, de que tenham surgido, durante a
investigação que precedeu a ação penal em curso, indícios do cometimento de infrações penais pelo Presidente da República”.